Militantes e diversas organizações de esquerda celebraram, neste dia 07 de maio, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, os 80 anos da criação da Aliança Nacional Libertadora (ANL).
A sessão solene, proposta pelo deputado estadual Paulo Ramos (PSOL), contou com a presença da historiadora Anita Leocádia Prestes e de representantes do PCR, MST, MPA, PCB e Arma da Crítica.
Em sua exposição, Anita Prestes falou dos motivos que levaram à criação da ANL e afirmou que a experiência da Aliança Nacional Libertadora continua atual. “A ANL foi a maior frente única popular jamais constituída no Brasil. Seu lema ‘Pão, Terra e Liberdade’ empolgou centenas de milhares de brasileiros”, destacou. “O exemplo dos aliancistas deve nos servir de inspiração para alcançarmos hoje a organização e a unificação dos trabalhadores e dos setores populares em torno de metas parciais que venham a contribuir para a acumulação de forças e a criação de condições para a conquista do poder político”, concluiu Anita.
Representando o PCR, Heron Barroso destacou o papel da ANL e dos comunistas na luta contra o fascismo. “Rendemos, hoje, nossas homenagens àqueles que ousaram instaurar no Brasil um governo anti-imperialista e foram fundamentais para derrotar o fascismo em nosso país. Ontem, como hoje, é fundamental a unidade popular contra a ameaça do fascismo, que ataca os direitos dos trabalhadores e leva a humanidade à barbárie”, disse.
Fundada com o objetivo de combater a versão brasileira do fascismo, o integralismo, e a dependência nacional ao imperialismo, a ANL refletiu a luta do movimento comunista em todo o mundo. Além da suspensão do pagamento da dívida externa, o programa da Aliança exigia a nacionalização das empresas estrangeiras, a reforma agrária e a proteção dos pequenos e médios proprietários, a garantia de amplas liberdades democráticas e a constituição de um governo popular. Nos quatro meses em que atuou legalmente, promoveu a criação de mais de 1.600 comitês em todo o país.
Redação Rio