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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Trabalhadores dos trens de SP realizam GREVE no dia de hoje

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A mais de 2 meses em Campanha Salarial, contemplando 8 rodadas de negociações e três tentativas de conciliação, os trabalhadores das ferrovias urbanas de São Paulo cansaram da intransigência da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e decidiram por paralisar a categoria no dia de hoje.

A adesão é bastante expressiva, das 4 linhas onde os trabalhadores decidiram por greve, a abertura das estações atrasaram por mais de 2 horas, e apenas 1 linha está em funcionamento, de forma muito precária.

Canabrava, secretário-geral do Sindicato Central do Brasil em São Paulo (um dos 4 sindicatos responsáveis por representar a categoria no ramo), afirma que o sentimento da categoria é de extrema indignação com a forma com que a empresa e o governo do estado veem tratando as negociações.

Um dos motivos para que essa categoria perca ainda mais a paciência, são os casos de corrupção já confirmados nas administrações e nas licitações realizada pelo governo e pela empresa, o que mostra que a desvalorização e as péssimas condições de trabalho dessa categoria, como tantas outras, também tem a ver com o enriquecimento ilícito de grandes empresários e políticos.

O dirigente sindical também lembrou que neste ano o reajuste da tarifa para as ferrovias foi de 16%, demonstrando que a proposta do Governo do estado de 7,72% de reajuste salarial é muito inferior a possibilidade da empresa.

Canabrava lembrou também que o mesmo governo do estado de São Paulo fechou a negociação com os funcionários do Metrô de São Paulo com 8,29% de reajuste salarial. “Nessa comparação com os trabalhadores do metrô, que tem a mesma atividade-fim, nós da ferrovia saímos sempre em desvantagem, já que nas negociações recebemos sempre valores inferiores, temos condições de trabalhos piores e as distâncias que percorremos são muito maiores”, alerta o diretor da Central do Brasil.

Na assembléia marcada para as 14 horas de hoje será discutida a permanência ou não da greve.

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