Em todo país, os trabalhadores da Petrobrás promovem uma greve de 24 horas contra a privatização da Petrobrás e do pré-sal. O movimento é organizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), e conta com o apoio de diversos movimentos sociais, como o MST, MAB, MLB, MPA, Fenet, UJR, Levante Popular da Juventude, UBES e UNE, entre outros.
A categoria é contra o novo Plano de Gestão e Negócios da estatal, que prevê a privatização de boa parte da Petrobrás por meio de “desinvestimento”, ou seja, a venda de ativos adquiridos pela companhia nos últimos anos. Também faz parte da pauta de reivindicações a derrubada do PLS 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB), que altera a Lei de Partilha do pré-sal.
De acordo com Simão Zanardi, presidente do Sindipetro Caxias e diretor da FUP, a adesão dos trabalhadores à paralisação tem sido grande. “A maioria da categoria entrou na greve, o que comprova a oposição dos petroleiros aos planos de entrega da Petrobrás e do pré-sal”, afirmou.
Greve por tempo indeterminado
A greve, que continua até às 23:59h de hoje (24/07), é apenas uma advertência à direção da empresa e ao governo federal. Os petroleiros não descartam a possibilidade de entrar em greve por tempo indeterminado. “Ou a Petrobrás volta atrás na sua política de desinvestimento, que na verdade é privatização, ou vamos promover a maior greve da história desse país. Não vamos permitir que a mais importante empresa do país seja desmontada para satisfazer os interesses das multinacionais do petróleo e do imperialismo norte-americano”, afirmou José Maria Rangel, coordenador nacional da FUP.
Da Redação