No próximo dia 24/07, o Conselho de Administração da Petrobrás (CA) se reunirá para dar encaminhamento ao “Plano de Desinvestimento” aprovado no fim de junho.
Ao todo, a empresa pretende se livrar entre 2015 e 2016 de ativos no valor de US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na área de Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia).
Em comunicado, a Petrobrás também afirmou que o plano prevê medidas de “otimização dos custos de pessoal”, ou seja, a não realização de novos concursos e a demissão de milhares de trabalhadores. “A venda de ativos e os cortes terão impactos diretos não só para os trabalhadores, mas para o desenvolvimento do País”, disse o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
Greve de 24h
Reunidos na 5ª Plenária Nacional da FUP, realizada em São Paulo, os sindicatos de petroleiros aprovaram como pauta única da campanha reivindicatória desse ano a defesa da Petrobrás e do pré-sal. “Vamos sentar com a Petrobrás para tratar de questões corporativas, enquanto a empresa está sendo desmantelada e o pré-sal entregue?”, argumenta José Maria.
Por isso, a FUP e seus sindicatos filiados estão convocando para o dia da reunião do CA uma greve de 24 horas, que mobilizará todo o Sistema Petrobrás contra a privatização da empresa e os ataques da direita e do imperialismo contra o pré-sal.
Contra o PLS 131/2015
O movimento também é contra o PLS 131/2015, de autoria do senador tucano José Serra (PSDB-SP), que ameaça alterar o modelo de exploração do pré-sal, retirando da Petrobrás a função de operadora única e acabando com a participação obrigatória da empresa em todos os campos exploratórios. O projeto já está na pauta de votação do Senado.
Para o presidente do Sindipetro Caxias, Simão Zanardi, o momento é gravíssimo. “Se os petroleiros não fizerem nada, é grande a chance de retrocedermos em nossas conquistas e vermos nosso emprego e o futuro do Brasil ameaçados”, disse.
A greve do próximo dia 24/07 acontece 20 anos depois da histórica greve de 1995, que impediu que FHC privatizasse a Petrobrás, e num momento crítico na conjuntura do país.
“Os petroleiros são conhecidos por sempre ocuparem um papel de destaque na luta do povo brasileiro por um país mais justo e soberano. Sempre que fomos chamados ao combate não decepcionamos. Não vamos perder tudo o que conquistamos com a nossa luta e o nosso suor. Defender a Petrobrás hoje é defender a democracia e o futuro do Brasil”, afirmou Zanardi.
Da Redação
Só estou escrevendo para parabenizar esta matéria, muito boa!