Neste último dia 08 de agosto (véspera do dia dos pais), a GM de São Jose dos Campos enviou o anúncio de demissão para mais de 500 trabalhadores, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Jose dos Campos. Essa já e a segunda onda de demissões que a Empresa realiza nesse semestre. Em julho, 419 trabalhadores da planta de São Caetano que se encontravam em lay-off foram demitidos.
Temos assistido os patrões jogarem nas costas dos trabalhadores a conta de uma crise econômica que foi produzida pelos próprios capitalistas, que em sua sede de lucro gerem a economia de forma anárquica e sem levar em conta as necessidades do povo trabalhador. Demissões, lay-offs, redução de salários, terceirizações, etc. são cada vez mais comuns nas fabricas instaladas no Brasil.
Mas os trabalhadores não estão aceitando essa situação calados. Em São Caetano, trabalhadores ficaram acampados por dias na frente da Empresa e conquistaram a abertura das negociações. A intima relação da direção do Sindicato pelego com a empresa tem impedido a deflagração da greve.
Em São Jose dos Campo os trabalhadores já estão no quarto dia de greve, a empresa se nega a negociar, mas a unidade dos trabalhadores e a força da greve são grandes.
É preciso aumentar a união dos trabalhadores para exigir a garantia e ampliação dos direitos e para apontarmos uma saída para a crise que melhore as condições de vida do povo e não podemos aceitar que paguemos pela crise dos ricos.
No próximo dia 14 de agosto (sexta-feira), os trabalhadores da GM, seus familiares e vários movimentos sociais farão uma manifestação que sairá, às 7h da manhã, do portão 4 da empresa exigindo a revogação imediata de todas as demissões.
Gregorio Gould, São Paulo