Uma reunião realizada na tarde de ontem na cidade de São Paulo definiu as ações para a consolidação de uma nova frente nacional de mobilização dos movimentos sociais que vinha sendo formada desde o ano passado. Com o nome ‘Povo sem Medo’ a nova frente reunirá movimentos de moradia (MTST, MLB e Brigadas), centrais sindicais (CUT, CTB e Intersindical), movimentos de juventude (UNE, UBES, UJR, Rua, Juntos e UJS) além de outros movimentos sociais da cidade e do campo. Partidos políticos e correntes de esquerda apoiam esta iniciativa.
O objetivo dessa frente é realizar mobilizações de rua em defesa das reformas populares, das liberdades democráticas e de enfrentamento contra qualquer governo que ataque os direitos do povo. Por isso mesmo, os movimentos afirmaram o foco da frente nas mobilizações de rua, afastando as perspectivas eleitorais de seus objetivos.
Guilherme Boulos, coordenador do MTST, afirmou na reunião: “Escolhemos o nome Povo sem Medo pois ele expressa nossa determinação de lutar contra todas as injustiças, contra a direita e sem rabo preso. Queremos dialogar e mobilizar junto com todos os setores sociais que estão em luta contra o ajuste fiscal, os cortes no orçamento, contra as privatizações e têm disposição para enfrentar a direita reacionária, mas que por algum motivo não se organizam nos tradicionais espaços da esquerda”.
A frente funcionará com uma secretaria operativa nacional, com a participação de um representante de cada movimento nacional. Nos estados também serão formadas secretarias operativas.
No dia 08 de outubro, ocorrerá em São Paulo o lançamento da frente, com a presença de mil militantes de todo o país. Na ocasião será aprovado o manifesto da frente e uma carta de princípios. Na segunda quinzena de outubro, o Povo sem Medo organizará sua primeira mobilização de rua com reivindicações que serão definidas em próximas reuniões.
Da Redação, São Paulo
a partir do dia 8 de novembro os estudantes trabalhadores e movimentos sociais atingidos pelos projetos reacionários e antipopulares iniciem acampamentos na frente da Camara para impedir novos e anular os aprovados pelo Cunha.