Cerda de 500 estudantes de Maringá, no Paraná, realizaram uma passeata e decidiram, em assembleia, ocupar o Colégio Estadual Dr. José Gerardo Braga, nesta última quinta-feira, dia 19 de maio. A ação é um repúdio à política educacional do governador Beto Richa (PSDB), aquele do “Massacra do Centro Cívico”, que completou um ano no dia 29 de abril. Os alunos reclamavam o recebimento de merenda escolar e o avanço nas investigações da “Operação Quadro Negro”.
Segundo o estudante Caio Granero, que saiu da cidade vizinha Mandaguaçu para participar dos atos, “o governador tentou fechar, no ano passado, 170 escolas em todo o Estado. Como houve resistência dos estudantes e professores, agora ele tenta sufocar as escolas, mandando merenda de má qualidade, quando manda, porque em vários colégios está faltando merenda; fechando salas de aula; com o quadro de professores incompleto; demissões de profissionais terceirizados da limpeza e cozinha”. Na visão no movimento, o governador deseja sucatear a educação pública ao ponto de torná-la insustentável e, assim, fortalecer a iniciativa privada.
O secretário de Comunicação da APP-Sindicato de Maringá, Vitor Molina, explica que a ocupação tem o apoio dos educadores. “A gente acompanhou o movimento para garantir a segurança dos alunos, mas a organização foi do movimento estudantil. Os estudantes têm o nosso apoio. A pauta da mobilização e ocupação é a defesa da educação, contra a falta de merenda e pela abertura da CPI que apura o desvio de recursos investigados pela Operação Quadro Negro”, pontuou.
Redação