Após horas de confronto pelas ruas de diversas cidades do Estado de Oaxaca, no Sul do México, neste último dia 19 de junho, dados finais da Coordenação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) afirmam que sete professores e um estudante secundarista foram assassinados por tropas especiais da Polícia Federal mexicana, sob as ordens do presidente Enrique Peña Nieto. Um jornalista também foi morto a tiros, aparentemente por uma pessoa que se aproveitou do clima de guerra civil para praticar um assalto, morte que também deve ser creditada à repressão das forças policiais.
Além dos mortos, 45 pessoas foram feridas a bala e há 22 desaparecidos, que a Polícia alega estarem presos. No final da manhã, a Polícia furou as barricadas de pneus e veículos queimados e utilizou sprays, bombas e armas de fogo para massacrar os manifestantes. Segundo a CNTE, os mortos são: Óscar Aguilar Ramírez, 25 anos; Andrés Sanabria García, 23; Anselmo Cruz Aquino, 33; Yalid Jiménez Santiago, 29 (vereador na cidade de Santa María Apasco); Óscar Nicolás Santiago; Omar González Santiago, 22; Antonio Pérez García (estudante secundarista) e Jesús Cadena Sánchez, 19.
Os professores de Oaxaca, organizados pela seção 22 da CNTE, realizam com mais radicalidade uma jornada de manifestações em resistência à Reforma Educacional que o Governo Federal tenta impôr há alguns anos. No último dia 17 de junho, durante um ato na cidade de Tehuacán, o professor Teotitlán de Flores Magón, representante desta seção sindical, afirmou ao jornal La Jornada de Oriente que o governo de Enrique Peña Nieto “pretendia massacrar os professores da localidade por serem os que, com mais determinação, opõem-se à Reforma Educativa”.
Redação
(Atualizada às 10h30 – 21.06.2016)