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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

UJR repudia repressão da PM contra secundaristas em SP

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Reproduzimos abaixo a nota de repudio da União da Juventude Rebelião (UJR) contra a repressão da PM ao ato dos secundaristas no Dia do Estudante, 11 de agosto:

A União da Juventude Rebelião (UJR) manifesta, por meio desta nota, nosso repúdio à atuação da Polícia Militar de São Paulo, comandada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) contra a legítima manifestação do Dia do Estudante, no último 11 de agosto, na Capital São Paulo.

Já no início da manifestação, policiais detiveram ativistas que se concentravam na Praça Roosevelt sem nenhum motivo. A repressão continuou até o fim do ato, totalizando 10 secundaristas detidos e indiciados a se apresentar perante o Juizado Especial.

Este modo de agir da PM vem se repetindo e foi igual no Baile das Escolas de Luta, na mesma Praça Roosevelt, no dia 22 de julho, e também se deu na manifestação contra as Olimpíadas, no dia 05 de agosto.

O que, na verdade, está ocorrendo é uma repressão sistemática e uma vigilância permanente, principalmente contra os jovens secundaristas, o que pode significar um impedimento total da liberdade de manifestação e expressão. A PM mantem um vigilância ilegal e ostensiva sobre grande parte dos ativistas que vêm se manifestando, em especial, desde o grande movimento de ocupação das escolas que teve lugar no ano passado.

Nós, da UJR, consideramos que é necessário desmoralizar essa ação repressiva da PM perante a sociedade, defendendo de maneira intransigente o direito à manifestação e à livre expressão como fundamento das liberdades democráticas.

Sabemos que a ação da PM é respaldada pelo ex-secretário de Segurança Pública e agora ministro da Justiça Alexandre de Moraes, indicado pelo golpista Michel Temer. Temos consciência também que muitas das medidas antidemocráticas tomadas pelos atuais golpistas no poder estão respaldas em leis e medidas tomadas já no governo Dilma Rousseff. Conscientes dessa situação, consideramos que é necessário conformar uma ampla unidade em defesa do direito de manifestação e expressão e em solidariedade aos perseguidos políticos.

Nos dirigimos aos estudantes independentes, às entidades estudantis, às correntes políticas e aos grupos autonomistas no propósito de formação dessa unidade. Sabemos que alguns grupos e indivíduos têm posição contrária a qualquer tipo de hierarquização do processo de luta, mas o momento exige maior diálogo e enfrentamento conjunto contra a repressão.

Consideramos que os processos de luta devem contar com uma maior preparação, inclusive com a formação de grupos de autodefesa que defendam a manifestação e impeçam a infiltração e provocação da Polícia. Consideramos que é necessário estabelecer democraticamente os propósitos e o trajeto das manifestações, de maneira que haja unidade no início, meio e fim, dificultando, assim, as ações repressivas.

As medidas que devemos tomar daqui em diante são, desta forma, frutos do acúmulo de experiência que tivemos desde o início das massivas manifestações de rua de junho de 2013, e devem nos conduzir a um patamar superior de organização da luta.

Unidos, com democracia e organização, estaremos mais perto de vencer a repressão e conquistar uma escola democrática, com liberdade de expressão, pública, gratuita e de qualidade.

São Paulo, Coordenação Estadual da UJR

Agosto de 2016

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