Quando ouvimos falar na Bahia, em especial de Salvador, logo pensamos nos acarajés, carnaval, batucadas, etc. Mas a realidade é que o povo baiano vem passando por muitos sofrimentos.
Segundo o IBGE, Salvador foi a capital com maior taxa de desemprego. Entre abril e junho do ano passado, chegou a 17,6% , enquanto no resto das outras capitais foi de 11,3%.
Contrastes sociais
Segundo dados divulgados pela SEI (Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia), “a desigualdade racial no mercado de trabalho demostra que a maioria dos desempregados são negros, mesmo sendo 92% da população economicamente ativa”.
Hoje, não é estranho ver nas ruas, praias e festas de Salvador vendedores de água, doces e salgados entre os carros; homens, mulheres, crianças e idosos vendendo o que podem para garantir sua sobrevivência.
Em Salvador, a população negra representa cerca de 80% e não tem acesso a nada, mora em bairros pobres, violentos e sofre com o desemprego. Nesses bairros, sentimos a revolta de mães que perderam seus filhos para a polícia ou para o tráfico de drogas, violência doméstica, as casas sem rede esgoto e altos são os índices de alcoolismo. Essa é a situação de Salvador, antes, durante e depois do carnaval.
Gabriela Valentim, Salvador