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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

São Paulo Sem Medo organiza luta contra a privatização

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Foto: André Bueno / CMSP

A Frente de Mobilização Povo Sem Medo, após realizar uma série de atos e mobilizações nacionais em defesa do direito à moradia digna, contra as reformas da previdência e trabalhista organizadas pelo golpista Temer e o congresso nacional, chegou a um momento de maturação suficiente para dar um novo passo organizativo e decidiu, por consenso, dar início ao operativo estadual da Frente.

A primeira plenária ocorreu na última quinta-feira (6) e contou com a presença das vereadoras Isa Penna, Sâmia Bonfim e Juliana Cardoso, além de várias entidades e movimentos sociais como o MTST, Nós da Sul, Movimento dos Catadores, Rede Emancipa e Círculo Palmarino, os sindicatos dos metroviários, dos servidores municipais de São Paulo e dos professores municipais de São Paulo. A juventude marcou presença com a UBES, a FENET e o Grêmio do Instituto Federal de São Paulo.

Após os informes iniciais feitos por Josué (MTST) e Márcio Rosa (Fundação Lauro Campos) que explicaram as origens, objetivos e linha política construída até então, seguiu-se para as intervenções do plenário. Avaliou-se, a partir de diversas colocações importantes, que a São Paulo Sem Medo tem como tarefa prioritária para o mês de abril dar combate ao mais amplo pacote de privatizações que já se ouviu na cidade de São Paulo, sob comando do prefeito Dória Junior (PSDB). Além disso, foi destacado que essas lutas municipais devem ser necessariamente vinculadas à greve geral marcada para 28 de Abril.

Para Vivian Mendes, presidenta estadual da Unidade Popular pelo Socialismo (UP), “as políticas de Dória nada têm de novo e fazem parte de um plano geral da burguesia para manter os super lucros dos capitalistas, enquanto nosso povo continua sofrendo, por exemplo, nos hospitais, no transporte, nas enchentes. Se não bastasse, a cada dia a vida fica mais cara em São Paulo. Com golpe de Temer, os patrões deixaram claro que é uma ilusão tentar uma conciliação de classes e urge construir o poder popular e o socialismo. Nesse sentido, construímos a PSM apoiando a unidade com amplos setores que queiram lutar para impedir o saque às nossas empresas públicas e defender os direitos do povo. Porém, é preciso entender que a radicalidade do ataque da burguesia precisa ter uma resposta à altura e muito firme”.

Já para o mês de maio, a proposta é que as mobilizações contra as políticas de Dória e Alckmin se unifiquem. Estarão em curso campanhas salariais de categorias estaduais – metroviários ferroviários e urbanitários – que estão sob intenso ataque do governo estadual. Os metroviários têm uma dura batalha contra a privatização das Linhas 5 e 17, cujo leilão eletrônico está marcado para 4 de julho, e serão necessários muito apoio e solidariedade para defender o transporte 100% estatal e de qualidade.

As propostas aprovadas na plenária foram:

– Ato contra as privatizações de Dória. Data a ser definida.

– Construção de uma plataforma digital para recolher denúncias à gestão Doria.

– Reforçar a construção da Greve Geral do dia 28/04

– Construir os Bairros Sem Medo, organização local da frente PSM utilizando esses espaços como locais de agitação para nossas atividades e de propagação da Greve Geral.

– Construir uma cartilha digital que ensine como construir os Bairros Sem Medo.

– Preparar uma faixa da PSM Estadual, para estar no ato da Greve Geral, que fale das privatizações do Doria.

Redação São Paulo

 

 

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