O Brasil está em pandarecos, disso ninguém tem dúvidas. O nível criminal dos governantes do momento deixam Dom Corleone de queixo caído. O futuro de gerações de milhões de brasileiros a ser comprometido por reformas que penalizam exclusivamente os trabalhadores, sobretudo os mais pobres, sendo enfiadas goela abaixo por uma quadrilha que em nada se intimida com as manifestações populares e tratam a república como se estivessem jogando baralho nos fundos de um puteiro.
As saídas a curto prazo dependem de muita mobilização popular e radicalização, pois a repressão às ações contra o governo golpista têm aumentado fascisticamente. Num médio e longo prazo, precisamos de uma urgente reformulação das lutas no movimento sindical, fortalecer a unidade na esquerda e construir uma alternativa revolucionária para os trabalhadores. E tanto em um quanto no outro aspecto temporal a minha esperança é a juventude.
Quando digo juventude, não estou dizendo dos milhares de jovens conservadores, alienados e enganados por discursos de demagogos de extrema direita como Bolsonaro. Também não falo dos negadores da política que também são conservadores, mas se prestam apenas pra tirar selfies fazendo um bico ridículo ou ostentando algum bem material nas redes sociais. É uma pena ver isso e penso que podemos reverter parte desse quadro de anemia social, mas eu gostaria de falar da juventude combativa que nos contagia hoje.
Tenho esperança nos jovens que contra-vandalizaram o estado em Brasília. Deram a resposta quase à altura da repressão autoritária e covarde dos militares à serviço do golpe de estado. Tenho esperança na juventude que avançava a cada recuo dos algozes do povo. Tenho esperança naqueles que mal começaram a trabalhar ou ainda nem trabalham, mas lutam hoje pra terem uma aposentadoria daqui a muitos anos. Quero estar com esses e essas, ainda meninos e meninas, que lutam com ousadia e coragem para que os trabalhadores tenham seus direitos garantidos, ainda que milhões desses trabalhadores assistam apáticos a tudo o que está acontecendo e alguns ainda achem que o governo está certo, mas infelizmente “há aqueles que têm vocação para serem escravos” (Marighella).
O pacifismo cego só fortalece o fascismo. A paz há que ser cultivada entre nós, que lutamos por um mundo mais justo. E devemos sem nenhum receio declarar guerra aos que nos atacam sem piedade e traçam um destino de escravidão e miséria para nosso sofrido povo brasileiro. Nem um minuto de paz pode ser cedido aos criminosos que nos governam!
Sigamos o caminho das juventude combativa, revolucionária e não oportunista!
O momento nos exige rebeldia!
Em cada jovem, rebelião!
Em cada luta, revolução!
Jobert Jobão
Militante do Movimento Luta de Classes
Militante do Movimento Luta de Classes
Diretor do Sindieletro-MG