A cada notícia, a cada novo escândalo, a cada nova delação, eu tenho mais e mais convicção da necessidade da Unidade Popular. Fico cada dia mais convencido de que a alternativa para o povo brasileiro, neste momento de crise institucional generalizada, é a construção de uma alternativa popular e revolucionária, uma alternativa do povo, pelo povo, para o povo. A UP não tem JBS, não tem OAS, não tem Odebrecht, não tem Itaú, enfim, a UP não é financiada e sustentada por grandes corporações e por banqueiros que são os verdadeiros operadores desse sistema eleitoral podre. A UP é construída cotidianamente, de forma voluntária, com muita disposição e combatividade, com uma militância muito aguerrida que disputa cada consciência, que aponta para cada trabalhadora e cada trabalhador, e também para a juventude, que a saída para a crise que o Brasil vive não é o arrocho e as contrarreformas antipopulares e entreguistas.
Mostramos a cada um com quem conversamos que a solução para o Brasil crescer não é a reforma da previdência, não é a PEC 55, é a auditoria e o fim do pagamento da dívida pública, é parar de pagar essa bolsa-banqueiro que todo ano consome cerca de metade do orçamento da União. É colocar efetivamente o povo no poder, sem conciliação, sem benefício para banqueiro, sem favorecer o latifúndio/agronegócio, sem regalia para a burguesia, firmando um compromisso real com quem verdadeiramente carrega este país nas costas: a classe trabalhadora.
A crise que nosso país vive não é nossa. É uma crise do capital, que a burguesia pague por ela! Essa crise também evidencia para nós a falência em que se encontram nossas instituições, que estão neste momento em uma crise generalizada. Evidencia também os limites da democracia burguesa, do chamado Estado democrático de direito e da política de coalizão, limites esses que já foram evidenciados desde o golpe, quando mais de 54 milhões de votos foram simplesmente descartados pelas classes dominantes e uma presidenta eleita legitimamente foi deposta.
E a Unidade Popular é o partido que tem coragem de enfrentar os banqueiros e defender o fim do pagamento da dívida pública, para que esse dinheiro seja investido dentro do país, nas áreas sociais (vale salientar: um dia de pagamento da dívida pública equivale a um ano de investimento em assistência estudantil). É o partido construído pelo povo sem medo de enfrentar as elites e implementar as medidas necessárias na construção do poder popular e lutar pela classe trabalhadora, doa a quem doer.
Urge derrotarmos as reformas entreguistas do Governo Temer, mas só isso não basta. Temos também que parar de sangrar a classe trabalhadora de nosso país para agradar a burguesia nacional e internacional, os banqueiros, o capital. Temos que construir o poder popular, a verdadeira democracia, como se construiu na União Soviética com os conselhos operários. Somente o socialismo pode tirar nosso país do abismo em que ele se encontra e libertar de fato o povo brasileiro.
Vai avançar a Unidade Popular! Pelo Socialismo!
Guilherme Piva, militante da UJR-MG
E o PCR?