UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Repressão militar contra ativistas sociais ocorre em Passo Fundo/RS

Outros Artigos

No dia 11 de Abril de 2018, enquanto a conjuntura do país se girava para a prisão do ex-presidente Lula, a repressão não tardou em organizar uma ofensiva aos que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária. Neste dia, a Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, realizou um mandato de busca e apreensão na casa de 2 militantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) da cidade de Passo Fundo. O objetivo principal da operação é de enquadrar os militantes como organização criminosa.

Por volta das 10 horas da manhã, a Polícia foi à casa de Verá, cacique de aldeia Kaingang que constrói a Unidade Popular (UP). Foi também à casa de Fernanda Pegorini, advogada do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e que trabalha para movimentos sociais e populares da região norte do Estado, sendo ela uma defensora da causa da retomada de terras indígenas.

Os dois companheiros receberam em suas casas a visita da Polícia Civil com um mandato de busca e apreensão. A repressão buscava relacioná-los a uma reintegração de posse do dia 19 de fevereiro. Como resultado da reintegração, a Brigada Militar está sendo acusada de tortura, após um idoso de 89 anos ter recebido 12 tiros de bala de borracha a queima roupa.

O companheiro Verá relatou a situação: “Eu tinha saído de casa para uma entrevista de emprego, quando minha companheira me ligou dizendo que a Polícia estava lá em casa procurando armas e munições”. Segundo relatos de sua companheira Lucy “eles entraram e reviraram toda a casa, o resto dos parentes ficaram assustados, assim como as crianças”.

Tal fato ocorre pouco antes de completar-se um mês da morte de Marielle Franco, vereadora carioca que se destacou por seu trabalho em comunidades vulneráveis e denunciando abusos e assassinatos policiais.

São inúmeros e inesquecíveis os casos em que ativistas sociais são assassinados em nosso País e na América Latina. De fato, o Brasil está entre os quatro países onde mais são assassinados lutadores sociais e ambientalistas no mundo.

Contudo, por mais que tentem assassinar nossos lutadores e lutadoras, “o novo sempre vem”, como cantaria Elis Regina. Com o novo, revelam-se também mais e mais filhos e filhas do povo dispostos a combater toda e qualquer forma de injustiça!

Não podemos aceitar que a repressão e o fascismo se apoderem do Estado. Tampouco que prendam nossos militantes por lutarem por direitos. Como resposta, temos intensificado nossas coletas para a legalização da Unidade Popular (UP) com o objetivo agora de denunciar o fato. É necessário termos atenção frente a essa conjuntura.

Contra os ataques as Comunidades Indígenas do Norte do Estado

Não a perseguição aos que lutam por um mundo mais justo!

Redação Rio Grande do Sul

 

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes