Durante o mês de outubro, os estudantes brasileiros se mobilizaram em assembleias e plenárias para discussão sobre a crise política e os retrocessos que vivemos hoje, além de organizarem brigadas de panfletagens para dialogar com a população sobre as mentiras construídas pela candidatura de Bolsonaro e a ameaça que este representa para nosso povo.
Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) esta situação se refletiu na disputa eleitoral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) “Luís Travassos”: há alguns anos, um grupo de estudantes se organiza em torno de uma política reacionária e antidemocrática, apresentando-se cinicamente como “apolíticos”, combatendo as lutas por direitos estudantis, defendendo a criminalização do movimento estudantil, sendo contrários às paralisações, ocupações e greves estudantis e dos servidores da universidade.
O Movimento Correnteza, junto com outras organizações de esquerda, construiu a chapa “Canto Maior” para enfrentar a extrema-direita e garantir um DCE que mobilize a resistência dos estudantes na universidade. A campanha defendeu como ponto central a articulação da luta dos estudantes contra os ataques à educação pública, os retrocessos e o avanço do conservadorismo no Brasil.
Na maior votação da história da universidade, os estudantes da UFSC impuseram uma grande derrota à extrema-direita e ao fascismo nas eleições de DCE: a chapa “Canto Maior” foi eleita com 5.661 votos, contra 2.387.
Este resultado mostra que os estudantes têm um lado: o lado da luta. Mostra que o DCE-UFSC não se submeterá às imposições do retrocesso, fazendo jus ao seu nome e mantendo vivo o legado de combatividade e resistência de Luís Travassos.
Redação SC