UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

domingo, 24 de novembro de 2024

Lutas feministas e por igualdade entre povos e raças ganham espaço no Congresso dos EUA

Outros Artigos

A eleição para a Câmara dos Deputados nos Estados Unidos foi uma grande surpresa para a maioria do mundo. A vitória Democrata quebrou a hegemonia absoluta do Partido Republicano. Os norte-americanos (em especial as norte-americanas) disseram nas urnas que representatividade importa. A marcha das mulheres contra o presidente Donald Trump foi fundamental para ampliar a participação das mulheres americanas de diversas etnias no parlamento.

O Congresso nunca teve uma indígena entre seus representantes em seus mais de 230 anos de história e, nestas eleições, duas conseguiram entrar. Uma delas é Deborah Haaland, a futura legisladora do Novo México. Haaland, de 57 anos, pertence à tribo de Pueblo de Laguna, uma das 566 reconhecidas legalmente no país. Alexandria Ocasio-Cortez, a mulher latina mais jovem ganhou por mais de 75% em seu distrito e vai representar Nova Iorque, como a mais jovem do parlamento, com apenas 29 anos. A mulher socialista eleita foi Ayanna Pressley, que ganhou em um dos distritos de Massachusetts. Assim fortalecerá a bancada da esquerda, que seguirá com a atuação dos veteranos Bernie Sanders e Elisabeth Warren, reeleitos.

Foram eleitas também as primeiras mulheres islâmicas ao Congresso, Rashida Tlaib e Ilhan Omar (Omar é refugiada da Somália). As muçulmanas, que nunca haviam sido representadas. A democrata Rashida Tlaib, filha de pais imigrantes palestinos, venceu em Michigan. Ilhan Omar também se transformou na primeira legisladora norte-americana de origem somali. Ainda a primeira representante dos negros e das negras eleitos por Massachusetts e Connecticut. E mais: o primeiro governador homossexual eleito: Jared Polis, do Colorado.

Veronica Escobar e Sylvia Garcia, as primeiras legisladoras latinas do Texas, conseguiram vitórias esmagadoras. Ainda que os latinos sejam quase 40% da população do Estado, os texanos nunca haviam eleito uma mulher latina ao Congresso. Foi também a primeira vez que mulheres se elegem na história de vários cargos: primeiras senadoras por Tennessee e Arizona e a primeira governadora mulher de Dacota do Sul e Maine.

O Congresso eleito terá um recorde de participação feminina, com mais de 110 mulheres eleitas. O resultado dessas eleições demonstra a força das mulheres, imigrantes, comunidade LGBTTQ e negros diante dos atos de fascismo e de retirada de direitos impostos por Trump.

Claudiane Lopes, jornalista

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes