Na manhã desta terça-feira (12), policiais militares foram presos, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
O sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, de 48 anos teve sua prisão preventiva decretada por ter sido quem efetuou os disparos que alvejaram as vítimas, o atirador foi preso em sua casa, que fica no mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O ex-PM Élcio Queiroz também foi preso hoje pela manhã, acusado de dirigir o carro que perseguiu Marielle.
Lessa foi vítima de uma tentativa de assassinato no dia 28 abril de 2017, um mês depois da morte, em uma tentativa de queimar evidências do caso.
A prisão dos dois policiais deixa evidente o envolvimento do Estado brasileiro nesse assassinato, que tinha o objetivo de pôr fim à luta de Marielle contra as milícias e sua tentativa de demonstrar a ligação profunda que essa tem com os governantes do estado do Rio de Janeiro.
A Delegacia de Homicídios da capital do Rio de Janeiro não indicou os mandantes do crime.
As prisões decretadas um mês depois da confirmação do envolvimento de Carlos Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro com a milícia carioca dá ideia da profundidade do envolvimento e atuação conjunta do Estado brasileiro e seus dois braços armados, a Polícia Militar e a milícia, na tentativa de impedir que a verdade sobre sua ligação venha à tona.
A prisões da manhã de hoje são um passo importante, conquistado pela pressão popular e pela atuação dos movimentos sociais pela justiça a Marielle. Nossa luta precisa seguir, Lessa e Queiróz puxaram o gatilho, agora precisam ser indiciados os mandantes, aqueles que encomendaram a calada da voz.
Marielle e Anderson, presentes agora e sempre!
Carlos Eduardo, Rio de Janeiro