“O crime do rico a lei o cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direito para o pobre
Ao rico tudo é permitido”
A Internacional
O Governo fascista de Bolsonaro aumentou enormemente o desemprego em nosso país. Hoje, o Brasil já tem mais de 14 milhões de trabalhadores desempregados. Somados aos 4,8 milhões de pessoas que também estão desempregadas, mas desistiram de procurar emprego e não estão incluídas no número oficial de desempregados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão do Governo, temos 18 milhões de trabalhadores sem emprego.
Esse gigantesco desemprego é resultado do atual governo e do fato de apenas cinco bilionários (Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira e Eduardo Saverin) têm riqueza equivalente a mais de 100 milhões de brasileiros. Em outras palavras, a imensa maioria dos brasileiros está desempregada e é pobre porque a riqueza da nação está nas mãos de uma minoria de bilionários que superexplora a classe operária, joga crianças na miséria e saqueia as riquezas da nação brasileira, como faz o agronegócio com as nossas terras e os alimentos produzidos pelos trabalhadores rurais e a Vale com os nossos minérios.
Também não é por acaso que os empresários ficam ricos e os operários e as operárias – os que verdadeiramente trabalham e produzem – sejam pobres. Essa injustiça é possível porque o Estado oprime os trabalhadores para tornar a classe rica ainda mais rica e as fábricas, a terra e os bancos estão todos nas mãos dessa minoria. Quando alguém tenta fazer o contrário, as Forças Armadas da burguesia usam seu poderio para dar um golpe militar fascista, como fizeram em 1º de abril de 1964.
Reforma de Bolsonaro é contra os pobres
Para agravar essa situação o milionário Jair Bolsonaro e o banqueiro Paulo Guedes, seu ministro da Fazenda, querem aprovar no Congresso Nacional uma reforma da previdência, a PEC 06/2019, que acaba com o direito de aposentadoria do trabalhador.
A reforma da Previdência do Governo autoritário de Bolsonaro prevê o fim da aposentadoria por tempo de contribuição – que hoje é de 30 anos para mulheres e 35 para homens -, e institui a obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria de 65 anos (homens) e 62 anos mulheres).
Com isso, jovens que começam no mercado de trabalho mais cedo, aos 16 anos, por exemplo, (que é a idade mínima permitida por lei para se começar a trabalhar), só vão se aposentar depois de trabalhar 49 anos.
Ora, como os trabalhadores vão conseguir contribuir durante 20 anos, se grande parte deles, devido à crescente informalidade e às demissões que os patrões realizam, ficam anos desempregados? Quantos trabalhadores ficam desempregados aos 50 anos e ainda conseguem trabalho?
Embora atinja duramente todos os que trabalham nesse país, a mulher trabalhadora será a mais afetada, pois a reforma ignora completamente que as mulheres, além de trabalharem, têm outras responsabilidades, como casa, filhos e mesmo a reprodução do ser humano.
Tudo isso mostra que o governo Bolsonaro é um governo a favor dos poderosos, dos patrões e dos banqueiros e contra os trabalhadores e os pobres. Com efeito, até hoje não anunciou nenhuma medida séria para acabar com as chamadas renúncias fiscais e desonerações, privilégios concedidos pelo governo aos grandes monopólios capitalistas e ao capital financeiro.
Mas, enquanto o ex-capitão Jair Bolsonaro quer que um brasileiro idoso viva com apenas R$ 400 por mês, considera normal que seu filho, Flávio Bolsonaro, receba 48 depósitos, cada um no valor de R$ 2.000,00, em apenas cinco dias, como revelou o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), e que seu partido, o PSL, tenha candidatos laranjas para desviar dinheiro público do fundo partidário.
Para enganar a nação, o governo e os meios de comunicação da burguesia dizem que a Reforma da Previdência vai gerar milhões de empregos. Disseram o mesmo para aprovar a reforma trabalhista e o que ocorreu? Tivemos mais empregos? Não, de maneira nenhuma.
Um governo honesto e patriota nunca apresentaria uma Reforma da Previdência com tantos ataques aos trabalhadores. Procuraria aumentar o salário mínimo, impedir demissões e fechamentos de fábricas, melhorar as condições de vida do povo e não piorá-las e faria uma reforma de base para pôr fim à miséria que atinge mais de 100 milhões de brasileiros.
A verdade é que para termos um Brasil soberano e que os trabalhadores e trabalhadoras tenham direito à riqueza que produzem, seus filhos estudem e sejam felizes, e suas famílias tenham o direito humano de morar e viver dignamente, é preciso lutarmos para pôr abaixo esse governo fascista e construir o poder popular e o socialismo em nosso país.
Manoel Lisboa vive! O PCR vive e luta!
1º de maio de 2019
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Viva o 1º de Maio!
Viva o Dia Internacional dos Trabalhadores!
Em 1886, em Chicago, EUA, os operários norte-americanos, cansados da superexploração que sofriam e dos baixos salários, amotinaram-se nas ruas daquela cidade, travando uma batalha com a polícia, na luta pela redução da jornada de trabalho.
A repressão contra as manifestações dos trabalhadores nos EUA foi feroz: vários trabalhadores foram assassinados e dezenas, feridos. Este exemplo de luta dos operários norte-americanos se espalhou por todo o mundo e desde então os trabalhadores unem-se no dia 1º de maio para defender os seus direitos, celebrar a luta contra a exploração capitalista e afirmar seu objetivo de construir uma nova sociedade sem opressão e sem exploração, a sociedade socialista.
Hoje, quando os capitalistas querem reduzir nossos salários, roubam direitos e leis trabalhistas e demitem milhões de trabalhadores, a lição e o exemplo da luta dos operários de Chicago são mais que atuais. De fato, só quando os trabalhadores conseguem se organizar e fazer greve é que conquistam vitórias.
Portanto, só há um caminho para dar um basta às crises que massacram o povo trabalhador: lutar contra as demissões, contra a falsa reforma da previdência e contra esse sistema econômico capitalista que concentra a riqueza nas mãos de uma minoria e joga os trabalhadores e o povo na miséria.