Na tarde deste domingo (7), Evaldo dos Santos Rosa, 51 anos, saiu de casa com sua família para ir a um chá de bebê, no entanto, a viagem foi interrompida na Estrada do Camboatá, em Guadalupe (Zona Oeste), por um fuzilamento disparado pelo Exército Brasileiro. No carro, além da vítima fatal, estava sua esposa, seu filho de 7 anos, seu sogro e uma amiga.
Evaldo, músico, morreu na hora. Os 80 disparos ainda atingiram Sérgio, sogro da vítima, e um pedestre que passava pelo local, ambos estão internados em um hospital da região. A esposa da vítima está sob efeitos de remédios por conta de seu estado emocional.
Este foi o segundo caso de assassinato do exército a um civil desarmado no Rio de Janeiro em menos de uma semana. Na última sexta-feira, Christian Felipe Santana de Almeida, 19 anos, também teve a vida interrompida pelo exército com um tiro no peito em Realengo. As ações criminosas de militares resultaram em 2 mortes de civis inocentes. Ambos os casos serão investigados pela Justiça Militar.
Se aprovado o projeto “anticrime” proposto pelo Ministro da Justiça, os militares poderiam ser inocentados sob a justificativa de reagirem mediante “medo, surpresa ou violenta emoção”.
A segurança pública que não protege, mas ao contrário, ameaça a vida da população negra é legitimada pelo discurso de chefes de estados que fazem do extermínio de negros e negras modus operandi de suas tropas. Não à toa, o exército, treinado para lidar com inimigo externo em casos de guerra, é o responsável pelo terror implementado nas periferias do Rio de Janeiro.
Basta de genocídio, o povo negro quer viver!