A tentativa de descarregar a crise capitalista nas costas dos trabalhadores é constante no governo fascista de Jair Bolsonaro. A reforma da Previdência é o principal ataque à vida do povo brasileiro nesse período e, quando olhamos para a situação da juventude, as contradições são irrefutáveis.
A reforma trabalhista do golpista Michel Temer proporcionou, além de menores salários e mais horas de trabalho, uma grande onda de precarização no mercado de trabalho e desemprego para a juventude. De acordo com o IBGE, o índice de desemprego dos jovens é o dobro registrado entre adultos. O percentual de desempregados da faixa entre 18 e 24 anos é de 26,6%, enquanto a taxa geral é, em média, de 12,4%. Enquanto o desemprego e o trabalho informal fazem parte da realidade da parcela juvenil da população brasileira, o projeto do governo de Bolsonaro tem como prioridade o aumento do lucro dos patrões e banqueiros, propondo uma reforma da Previdência social que compactua com a destruição da perspectiva de vida dos jovens.
Para a juventude, a aposentadoria é uma realidade distante de ser alcançada, mas a proposta que o milionário Jair Bolsonaro nos apresenta transforma a aposentadoria em uma meta impossível de ser atingida. Os postos de trabalho ocupados pelos jovens apresentam maior rotatividade, considerando que o tempo de permanência no mercado de trabalho para obter a aposentadoria integral será de 49 anos. Então, mesmo que comecemos a trabalhar aos 16 anos (lembrando das baixas oportunidades de emprego ofertadas a juventude), a idade de aposentadoria ainda será superior a 65 anos. Portanto, a juventude precisa cumprir o papel de vanguarda na luta contra a reforma da Previdência. É nossa tarefa denunciar as crueldades que o governo dos milicianos coloca contra o povo e trabalhar para barrar os ataques diretos a quem, historicamente, constrói toda as riquezas do nosso País: a classe trabalhadora.
Larissa Maciel, UJR São Paulo