A prefeitura de Florianópolis, junto com a Guarda Civil Municipal, têm realizado uma força tarefa contra os trabalhadores ambulantes do centro da cidade. Uma grande quantidade de guardas e de agentes fiscais, rondam as ruas com a intenção de coagir, perseguir e confiscar as mercadorias dos trabalhadores.
A maioria desses trabalhadores é de imigrantes haitianos e de países africanos, que são alvos da maior repressão por parte da Guarda Civil. No último sábado, 13 de abril, dez guardas prenderam Ousmane Hanne, 33 anos, imigrante senegalês, pelo simples fato de estar trabalhando, vendendo suas mercadorias.
Ousmane foi imobilizado e levado com a acusação de desacato à autoridade, mesmo sob a pressão popular que o defendia e denunciava a ação arbitrária da GCM. Os guardas municipais o levaram para a delegacia, onde ficou preso até domingo, após audiência de custódia.
A não aceitação da população negra nos espaços públicos do centro da cidade, por parte do Estado, demonstra que essa ação é racista e xenofóbica.
Toda solidariedade a Ousmane Hanne e a toda comunidade imigrante. Todos enfrentam diariamente as dificuldades de serem imigrantes negros num país racista como o Brasil.
Unidade Popular – Florianópolis