Apesar de estabelecer legalmente o perdão aos perseguidos políticos da ditadura militar, 40 anos após sua aprovação, a Lei da Anistia segue sem prever a punição dos torturadores e assassinos desse período.
Redação Minas Gerais
Foto: Jornal A Verdade
MINAS GERAIS – O Memorial de Direitos Humanos, antigo DOPS – local de torturas e assassinatos durante a ditadura militar-, foi palco de um ato político, nessa quinta-feira (29), que lembrou os 40 anos da Anistia Política, lei que não puniu os torturadores e assassinos do regime militar. Foi rememorada ainda a intensa luta pela Anisita Ampla, Geral e Irrestrita e o combate à ditadura (1964-1985).
O ato foi organizado pela Frente Nacional Contra a Censura que é composta por diversos movimentos, organizações políticas e culturais. Estiveram presentes vários lutadores e também familiares de alguns dos desaparecidos durante a ditadura militar prestando solidariedade a essa luta.
Além da denúncia à ditadura militar e à anistia restrita, foram denunciadas também as medidas do governo Bolsonaro e suas colocações de incitação à tortura, a negação desse período sombrio e das posturas de Damares, Ministra dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, que defendeu em recente visita a Belo Horizonte a suspensão das obras de conclusão do Memorial da Anistia.