A Unidade Popular (UP) publicou em suas redes sociais uma nota política sobre o discurso proferido pelo presidente fascista Jair Bolsonaro na ONU.
Redação
Jornal A Verdade
“Apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo.” Assim iniciou Bolsonaro seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, no último dia 24 de setembro, em Nova Iorque.
Em 32 minutos de fala, nem ele conseguiu apresentar o tal “novo Brasil” nem, muito menos, sustentar a tese de que nosso país esteve à “beira do socialismo”, referindo-se aos governos reformistas do PT.
Antes de mais nada, reafirmamos que o socialismo é a real saída para os graves problemas que vive a imensa maioria do nosso povo, e que foi justamente o capitalismo e o liberalismo que levaram o Brasil a ser um dos países com maiores desigualdades sociais do mundo.
Fato é que o presidente Jair Bolsonaro deixou evidente que seu governo está centrado numa ideologia fascista, autoritária e populista, cujo objetivo principal é defender os interesses das classes ricas contra os interesses da imensa maioria do povo brasileiro.
O milionário fascista escolheu como alvo principal de seus ataques comunistas e socialistas ao citar em diversas passagens Cuba, Fidel Castro, Venezuela, Hugo Chávez, Maduro, os guerrilheiros latino-americanos que lutaram contra as ditaduras militares na região, etc. Defendeu ainda o Golpe de 1964 e seu regime de torturas e assassinatos quando afirmou “mas vencemos aquela guerra e resguardamos nossa liberdade”.
Referindo-se aos médicos cubanos do Programa Mais Médicos, Bolsonaro falou em “trabalho escravo”. Da mesma forma, incluiu os povos indígenas na lista daqueles que promovem queimadas na Amazônia. A verdade, porém, é que quem promove esses tipos de crime no Brasil são os latifundiários que lhe dão sustentação política.
Sobre a questão amazônica e indígena, Bolsonaro atacou a luta secular dos povos originários, especialmente um de seus mais combativos líderes, o cacique Raoni, da etnia caiapó, e revelou aos olhos do mundo que seu real interesse é abrir toda a Floresta para a exploração das riquezas minerais: “Especialmente das terras mais ricas do mundo. É o caso das reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol. Nessas reservas, existe grande abundância de ouro, diamante, urânio, nióbio e terras raras, entre outros”.
No plano econômico, o presidente chegou ao cúmulo de falar em “queda do desemprego”. Já o que ele chama de “desburocratização” e “desregulamentação” significa um projeto de massacre dos trabalhadores em nome do lucro máximo de banqueiros e grandes empresários, buscando acabar com o sistema de Previdência Social e as leis trabalhistas, achatando ainda mais o salário mínimo e privatizando bancos e empresas estatais dos setores estratégicos, como Petrobras, Eletrobras, Correios, Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Portanto, a Unidade Popular (UP) defende que é urgente e necessário derrubar o governo do fascista Bolsonaro nas ruas! Um governo abertamente antinacional, serviçal dos capitalistas e dos EUA, um inimigo da classe trabalhadora.
Para conquistar uma vida digna, sem desigualdades sociais e violência, com emprego, moradia, saúde e educação, não resta outro caminho senão jogar este governo na lata do lixo da História e, de verdade, construir o poder popular e o socialismo.