No governo Bolsonaro, a repressão aos movimentos sociais, aos estudantes e aos trabalhadores tem sido cada vez mais frequente. Como em caso recente, repudiado pelos estudantes da Universidade Federal Rural da Amazônia.
Foto: Glenda Galvão
JUVENTUDE – “Bolsonaro elegeu a juventude e os trabalhadores como seus principais inimigos, como demonstra o projeto Future-se, projeto esse que visa acabar com o futuro da universidade pública, com sua autonomia e com o que historicamente conquistamos.
Na Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, os cortes de verbas chegaram com força total, reduzindo a circulação do Bagé (ônibus de circulação interna da UFRA Belém), cortando bolsas de assistência estudantil, diminuindo as bolsas da CAPES e CNPQ, demitindo parte dos funcionários terceirizados da limpeza, manutenção e segurança, além disso, a UFRA ficará impossibilitada de reformar ou construir seus espaços.
Em defesa da educação pública gratuita e de qualidade e para combater essa política de desmonte, foi convocado nacionalmente 48h de paralisação nas instituições de ensino.
Cumprindo tal orientação a comunidade acadêmica da UFRA realizou hoje, 02 de outubro de 2019, no portão principal da universidade uma manifestação pacífica, entretanto, a reitoria de forma arbitrária acionou a justiça federal, que determinou o uso de força policial sobre o pretexto que neste mesmo dia aconteceria uma prova de concurso para a universidade, mas isso não passa de uma mentira. Pois, os estudantes se organizaram para que todos os participantes e a banca pudessem adentrar a UFRA, onde através de e-mail pedimos que mandassem todas as listagens de todos que estariam presentes. Mas, mesmo sem argumentos a polícia federal ainda assim barrou o trancaço e ainda no documento expedido chamou todos os estudantes presentes de invasores, além de criminalizar ADUFRA e SINDITIFES.
Diante disso, nós estudantes da UFRA e militantes do Movimento Correnteza manifestamos total repúdio à prática de judicialização das lutas sociais, e perseguição aos que lutam, pois sabemos que na atual conjuntura fazer luta não é uma opção e sim uma necessidade, um compromisso político e moral com a sociedade.”