O Movimento Luta de Classes (MLC), representado por quatro companheiros, participou do 12° Encontro Latino-Americano e Caribenho de Sindicalistas (Elacs), que realizado de 27 a 29 de setembro, em Quito, Equador. O encontro contou com a participação de cerca de 300 delegados de nove países e, nesta edição, foi organizado pela União Geral dos Trabalhadores do Equador (UGTE).
A delegação brasileira foi composta por Lenilda Luna, jornalista e funcionária da UFAL; Renato Campos, da Associação dos Trabalhadores da MGS (Assepemgs); Pedro Vieira, do Sindimetro-MG; e Jardel Queiroz, do Sinttel-PB. “Viemos com a responsabilidade de representar sindicalistas de todo o país que constroem um sindicalismo classista e de luta. E vamos reportar as discussões e intercâmbios ricos que tivemos aqui junto a companheiros da América Latina que enfrentam dificuldades até maiores que as nossas”, disse Renato Campos.
Os principais temas debatidos foram: a defesa da seguridade social e as novas ameaças para trabalhadores ativos e aposentados; a flexibilização do trabalho; a chamada quarta revolução industrial (revolução tecnológica); as implicações na realidade dos trabalhadores e a atividade com imigrantes; implicações da política extrativista mineral-energética na economia e na sociedade; e os desafios e a luta das mulheres trabalhadoras.
A companheira Lenilda Luna foi indicada para representar as delegações estrangeiras na mesa de abertura, ao lado das lideranças sindicais e de partidos socialistas e comunistas do Equador. “Destacamos que se os ataques imperialistas e neoliberais são um projeto comum para nossos países, a resistência também tem que ser internacional da classe trabalhadora”, ressaltou Lenilda.
Ainda no primeiro dia, à tarde, o companheiro Renato Campos participou da mesa sobre o extrativismo, destacando a ação assassina das mineradoras que miram os altos lucros e desprezam os riscos às pessoas: “A empresa Vale não exitou em realizar explosões na base da barragem, em Brumadinho, que se rompeu, causando uma avalanche de lama e matando os 300 trabalhadores que estavam no restaurante da empresa, além de tirar mais vidas pelo caminho, somando mais de 450 mortos”.
Na manhã do segundo dia, o companheiro Pedro Vieira participou da mesa sobre seguridade social, que é um direito ameaçado em todos os países da América Latina. “Em nosso país temos uma seguridade social universalizada, que é fomentada pelas contribuições das empresas, dos trabalhadores e do Estado. Propor um sistema de capitalização individual, nas regras trabalhistas em vigor nos últimos dois anos, é o mesmo que nos condenar a trabalhar até morrer”, denunciou Pedro.
Além das participações nas mesas e nas oficinas, a delegação brasileira buscou conversar com companheiros das várias delegações para trocar experiências de formação política e organização sindical. “A troca de experiências tem sido muito rica. Vai nos ajudar a resolver vários desafios que ainda nos impedem de organizar milhares de trabalhadores no nosso país”, destacou Jardel Queiroz.
Lenilda Luna