Marchezan não liga para o povo, liga para sua reeleição
Lucas Tarrago
Unidade Popular RS
Foto: CUTRS
PORTO ALEGRE – Após passar 3 anos reclamando da falta de recursos para gerir a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, chegando ao ponto de parcelar por vários meses o salário dos municipários, o Prefeito Nélson Marchezan Jr. (PSDB) surpreende a população portoalegrense no final de seu 3° ano de mandato com um contrato de cerca de 35 milhões de reais.
Segundo consta na data de 13 de dezembro de 2019 no Diário Oficial de Porto Alegre, o contrato foi firmado pelo Gabinete de Comunicação Social, comandado por Orestes de Andrade Jr., junto a empresa Morya Sul Agência de Publicidade, representada por Fábio Bernardi, publicitário que foi um dos responsáveis pela campanha de Marchezan nas eleições de 2016, mostrando o compadrio existente na contratação deste serviço milionário.
A Publicidade é um dos princípios que regem a Administração Pública, assegurando que os atos administrativos sejam amplamente divulgados e de conhecimento público. Contudo, o que a administração de Marchezan propicia é um escárnio ao povo portoalegrense, a intenção do Prefeito Playboy com seu contrato é ludibriar o povo às vésperas da próxima eleição e tentar garantir sua reeleição. Além disso, o contrato firmado tem caráter essencialmente burguês, na qual veicula propagandas em grandes jornais do país, como Estadão e Folha de São Paulo, cuja circulação na capital dos gaúchos é praticamente inexistente, mostrando claramente que o seu propósito é ir em busca do apoio da alta burguesia para vender ainda mais a cidade.
Enquanto Marchezan gasta milhões para promover suas mentiras, o povo segue perecendo nas ruas, falta água e saneamento básico nas áreas mais pobres, crianças seguem sem creches suficientes e assim por diante. Portanto, enquanto estiver comandada por partidos como o PSDB a cidade de Porto Alegre estará fadada a servir aos interesses da burguesia.
*ATUALIZAÇÃO*
No dia 02 de janeiro de 2020, após ação civil pública movida pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), em decisão liminar o Tribunal de Justiça-RS determinou à Prefeitura Municipal de Porto Alegre que “se abstenha de efetuar qualquer publicidade que não seja de cunho educativo”, devido ao cunho claramente eleitoreiro da campanha, além do valor exorbitante gasto. A campanha já deixou de ser veiculada.