O aumento da tarifa em Santos e o descaso do prefeito da elite

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Os prefeitos tucanos por todo estado São Paulo vem aumentando de maneira criminosa a tarifa do transporte público do estado, na cidade de Santos onde os estudantes ainda não tem direito ao passe livre a prefeitura de Paulo Alexandre Barbosa fez um aumento de 8,1% no valor da passagem.

Gabrielle Cabral
Unidade Popular Pelo Socialismo


Foto: Diogo Amorim / Ônibus Brasil

SANTOS – A prefeitura de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) anunciou no início de 2020 um aumento de 8,1% na passagem dos ônibus e lotações da cidade de Santos. A tarifa subiu de R$ 4,30 para R$ 4,65, um aumento criminoso que custará ao trabalhador que paga 2 passagens por dia uma quantia de mais de R$ 241 no fim do mês, quase um quarto do salário mínimo.

Com essa medida a prefeitura mostrou não estar preocupada com a qualidade do transporte, com o direito de ir e vir e muito menos com as condições de vida da população. Seu único interesse é aumentar, ainda mais, o lucro da Viação Piracicabana, empresa que pertence ao grupo Comporte de Nenê Constantino, fundador da Gol Linhas Aéreas, dono de um dos maiores grupos de transporte urbano e rodoviário do Brasil, responsável pela operação do VLT na Baixada Santista e pela frota da cidade há mais de 20 anos.

Enquanto essa é a principal preocupação dos políticos e dos empresários da cidade de Santos, as condições de vida dos santistas só piora. Milhões são gastos em obras entregues apenas no ano das eleições municipais e concentradas nas regiões onde acessam os mais ricos, como a chamada “nova” Ponta da Praia, o “novo” Mercado do Peixe e a “nova” entrada da cidade. Para além disso, o prefeito tucano tenta enganar o povo instituindo a mais nova escola municipal da cidade em homenagem a um ex prefeito da cidade nomeado pela ditadura militar, o qual foi conivente com a tortura e o assassinato de diversos cidadãos da cidade.

A verdade é que a população sabe a realidade em que se encontra: milhares de famílias moram em situação precária ou estão em situação de rua, vivem de bico e angustiadas sem saber se a sua casa resistirá a próxima enchente ou ao próximo incêndio fruto do descaso do poder público. A saída será dada apenas pelo próprio povo, organizado para conquistar o poder popular e fazer política nessa cidade.