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sábado, 20 de abril de 2024

Petroleiros(as) entram em greve por tempo indeterminado

O Governo Bolsonaro fechou recentemente a unidade Fafen, no Paraná, que provocou a demissão de mil trabalhadores. Por conta disso, foi deflagrada greve dos petroleiros.

Claudiane Lopes


Foto: Reprodução/Sindipetro

BRASIL – A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus 13 sindicatos filiados iniciaram, no dia 01 de fevereiro, uma greve nacional por tempo indeterminado. A categoria reivindica a revisão do fechamento da Ansa/Fafen-PR e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobrás e suas subsidiárias, como a Ansa. O Governo do fascista Bolsonaro fechou recentemente a unidade Fafen-PR que provocou a demissão de 1.000 trabalhadores.

O fechamento da empresa no Paraná ainda está sob ameaça desempregar 2.000 empregos nos setores de comércio e serviços no município de Araucária, onde a fábrica está instalada, e em outras cidades da região metropolitana de Curitiba. Segundo dados do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), somente Araucária vai sofrer impacto negativo de R$ 75 milhões anuais com a demissão dos trabalhadores, além da perda de suas rendas, com o impacto negativo anual em ICMS sobre os cofres do governo do estado do Paraná pode chegar a R$ 50 milhões.

Essa luta contra as demissões dos trabalhadores da FAFEN, que também alertando a categoria petroleira que essas demissões também podem ser repetidas para as outras Refinarias que estão à venda. A greve denúncia sobre a ameaça da privatização, pois a privatização não sinônimo de geração de empregos, não irá reduzir os preços dos combustíveis e do gás de cozinha e só fortalece a desindustrialização do país que reflexo dessa política entreguista de Castello Branco, presidente da Petrobrás vai gerar grandes impactos na economia brasileira afirma Marcus Ribeiro – Presidente do Sindicato dos Petroleiros da Amazônia e da Coordenação Nacional do Movimento Luta de Classes – MLC.

Balanço da greve nacional já contabiliza 8 mil petroleiros de 17 bases, em dez estados. A Comissão Permanente de Negociação formada por diretores da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindiquímica-PR, ocuparam de forma pacífica, uma sala do edifício sede da Petrobrás para pressionar a negociação da greve, obteve outra vitória na Justiça que determinou que a Petrobrás religasse a energia elétrica e água do andar onde está a sala, cortadas pela empresa, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora de não-fornecimento.

Para Emanuel Menezes – Diretor da Federação Única dos Petroleiros, diz que são mil pais e mães famílias que foram jogados na rua, 600 trabalhadores terceirizados, não podemos aceitar essa política do governo. Precisamos ter uma unidade nacional dos petroleiros e petroleiras para que possamos avançar em nossos direitos. Nem um passo atrás, vamos juntos para todas as unidades, pois de braços cruzados, demonstraremos a força da classe trabalhadora, pois a vitória é dos trabalhadores.

Emanuel Menezes, diretor da FUP e do Sindipetro Ceará e Piauí.

A pauta da greve pleiteia a suspensão imediata do fechamento da unidade e do processo de demissão de cerca de 1.000 trabalhadores da fábrica. Também exigem da gestão da companhia o cumprimento das negociações determinadas no fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), em novembro passado, que foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A greve tem com dois pilares, a greve econômica e a greve política com a campanha “Privatização da Petrobrás: isso é da sua conta! ”, chamando atenção da população que o reajuste da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha está atrelamento ao mercado internacional e as flutuações de preços no exterior. O conflito entre Irã e Estados Unidos no início deste ano é um exemplo do risco que os brasileiros correm com essa política.

A situação é grave, pois estão à venda oito refinarias da Petrobrás. A atual gestão da Petrobrás aponta que a venda dessas unidades não vai garantir aumento da concorrência por outras empresas estrangeiras, pois gargalos logísticos vão impedir qualquer competição. Mas o que vai ocorrer de fato é a desindustrialização do país com a venda dessas unidades.

Outro fator preocupante é o desemprego. A política de privatização já demitiu cerca de 270 mil pessoas entre 2013 e 2018, segundo aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Isso representa um impacto sobre mais de 1 milhão de pessoas, considerando as famílias, e engrossa as altas taxas de desemprego do Brasil. Acabar aos poucos com a Petrobrás significa entregar o ouro aos bandidos, que promovem guerras, demissões em massas, realizam privatizações e compram até governos submissos ao imperialismo. Mas isso, a classe trabalhadora e o povo brasileiro não irão deixar, a luta pela soberania e a defesa da Petrobrás também é nossa. Viva a Classe trabalhadora! Todo apoio a greve dos petroleiros e petroleiras!

Foto: Reprodução/Sindipetro

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