Os servidores públicos do Rio Grande do Norte realizaram uma greve de 48 horas (dias 03 e 04 de fevereiro) contra a Reforma da Previdência proposta pelo Governo de Fátima Bezerra (PT). Os trabalhadores organizaram duas manifestações na Assembleia Legislativa, mesmo sendo impedidos de chegar perto pelo aparato policial. Os trabalhadores deixaram claro que não irão aceitar essa reforma e que não vão ser grades nem policiais que irão barrar a revolta popular.
A reforma foi apresentada no final do ano passado e, até agora, só houve uma tentativa de diálogo com o Fórum dos Servidores. O governo petista propõe o aumento de 5 anos da idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres, deixando 65 para homens e 60 para mulheres, seguindo o mesmo modelo da reforma federal, que, depois de quatro anos de resistência dos movimento sociais e partidos de esquerda, foi aprovada no final do ano passado. Assim como também propõe a taxação dos servidores inativos e o aumento da taxação aos ativos. Segundo o governo, essa reforma é necessária por causa do “rombo na previdência” causado pelo governo anterior, de Robinson Farias (PSD), que, junto com os parlamentares representantes das oligarquias, aprovaram o saque do Fundo Financeiro do Instituto de Previdência do RN (FUNFIRN). Agora, ao invés de cobrar a devolução do saque, indo contra o interesse dos ricos, os governos desejam aprovar essa reforma, que, além de ser prejudicial, ainda não resolveria o problema do rombo.
A crise do estado não é culpa dos trabalhadores potiguares, mais sim dos ricos, banqueiros e das grandes oligarquias que de tudo fazem para manter seus altos lucros e manter a exploração dos trabalhadores. É exatamente dessa classe que se deve cobrar os prejuízos da crise, e não jogar o peso nas costas dos trabalhadores retirando seu direito de se aposentar dignamente.
A solução não é outra a não ser a luta contra essa Reforma da Previdência estadual. Exatamente por isso que a militância da Unidade Popular participou ativamente da greve, convocando todos os trabalhadores do RN a se somarem à luta contra qualquer ataque aos direitos do povo.
Mais importante ainda é convocar uma greve geral que não só paute essa reforma como também a revogação da reforma da previdência federal, aprovada no ano passado pelo Governo do fascista Jair Bolsonaro. 2020 tem que ser o ano de grandes greves, de gigantescas mobilizações dos trabalhadores e da juventude, somente nesse caminho da luta, e não da conciliação, é que conseguiremos derrotar nossos inimigos.
Redação RN