Redação Piauí
Jornal A Verdade
BRASIL – Devido à atual situação mundial, em meio à pandemia da Covid-19, com a disseminação de fake news, a falta de informação tem afetado diretamente a todos, com impacto acentuado em pessoas que sofrem com crises de ansiedade e/ou de pânico. O isolamento social, que é necessário agora, acaba por piorar ainda mais esse quadro de desinformação e medo.
Pensando nisso e na necessidade de compreensão de quais fatores levaram a esse contexto social , o jornal A Verdade está fazendo uma programação com indicações de textos e filmes para ajudar na formação política de seus leitores no período da quarentena.
Divulgaremos essa programação a cada dois dias aqui em nosso site. Confira a indicação para as próximas 48 horas.
23º DIA:
FILME
Eles não usam black tie
Filme baseado no livro com mesmo título, escrito por Gianfrancesco Guarnieri, retrata a vida de uma família que tem opiniões divergentes, divergência causada pelo conflito temporal em que cada geração se encontra, traz à tona debates que existiam durante a crise final da ditadura militar no Brasil, as organizações dos movimentos sindicais e das grandes greves e assembleias da classe trabalhadora e a juventude que acabava entrando em uma disputa de narrativas por querer construir um futuro no meio de tudo isso.
2h 2 min / Drama
Direção:Leon Hirszman
LINK NO YOUTUBE:
TRAILER:
https://www.youtube.com/watch?v=FrcKaDYO3q4
FILME:
https://www.youtube.com/watch?v=Uzl2K1bDRog&feature=youtu.be
TEXTO
19 de abril – Dia dos Povos Indígenas
Mandu Ladino e Sepé Tiaraju símbolos de luta
Hoje, 19 de abril é comemorada a data do Dia dos Povos Indígenas ou como é conhecido popularmente Dia do Índio, mas na verdade não a nada para se comemorar nesse dia, desde o descobrimento do Brasil os povos originários são atacados, e hoje não está sendo diferente. Com o governo genocida de Bolsonaro os indígenas estão perdendo os seus poucos direitos garantidos, e as suas poucas terras. Em 2019 houve o maior número de crimes indígenas dos últimos 11 anos, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Com isso trouxemos dois símbolos da luta e da resistência do povo indígena, são eles o Índio Mandu Ladino e o Índio Sepé Tiaraju.
Mandu Ladino foi um índio guerrilheiro, nascido no século 17 no estado do Piauí. Mandu e sua irmã foram os únicos sobreviventes da invasão a sua aldeia, que era a aldeia dos índios abelhas. Guerrilheiro e um dos principais líderes da luta dos índios contra os fazendeiros, ele firmou o seu próprio “exército” com índios de tribos aliadas para combater os invasores de suas terras.
Sepé Tiaraju foi um líder da republica comunista guaranis. Na aldeia de Sepé eles vivam em coletivo, todas as coisas que eles tinham eram divididas ou trocadas, as produções eram coletivas, e o trabalho também era coletivo. Quando os portugueses invadiram o Brasil, tiraram os índios de suas terras, ou matando-os ou escravizando-os, eles fingiam serem amigos dos índios, para isso, usavam os padres e a igreja católica, para depois se revelarem de verdade. Mas na aldeia Guaraní, eles não cederam a pressão dos invasores, organizando assim sua resistência, Sepé por sua capacidade de liderança se destacava e foi um dos principais guerreiros da resistência.
ARQUIVOS:
SEPÉ TIARAJU, LÍDER DA REPÚBLICA COMUNISTA GUARANI
24º DIA:
FILME
MILITARES DA DEMOCRACIA: os militares que disseram não
Com a Ditadura Militar brasileira de 1964, muitos militares da época não concordaram com o golpe realizado, uma parte deles optou em ir contra o regime, mostrando resistência e lutando pela nossa constituição dentro e fora dos quartéis. Foram 6591 militares perseguidos segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade.
No entanto essa decisão afetou não somente a eles, mas também seus familiares. Perseguidos, cassados, torturados e mortos, a maioria dessas histórias não vieram a público.
Militares da Democracia: Os Militares Que Disseram Não é um documentário de 2014 com a direção de Silvio Tendler e que tem como papel fundamental: resgatar a memória e história desses militares que batalharam para defender a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática.
1h 40min / Documentário, Histórico
Direção: Silvio Tendler
LINK DO FILME YOUTUBE:
TRAILER:
https://www.youtube.com/watch?v=IbG1dIlurJo
FILME:
https://www.youtube.com/watch?v=XjBJDl3h03E
TEXTO
UM HOMEM SOVIÉTICO
Jorge Amado
Um Homem Soviético é um trecho do livro O Mundo da Paz que retrata as viagens do escritor brasileiro Jorge Amado, membro da Academia Brasileira de Letras, publicado em 1951. Nele são relatadas as impressões de viagem do autor sobre a União Soviética e outras repúblicas de democracia-popular: Tchecoslováquia, a Polônia, a Hungria, Romênia, a Bulgária.
O trecho trata da história do aviador Alexis Maresseev, herói da União Soviética, que durante a segunda guerra mundial teve seu avião abatido e caiu em campo inimigo. São relatados todos os desafios que teve que enfrentar para sobreviver e conseguir voltar ao campo soviético, o que já era suficiente para o título de herói, porém ele foi muito mais além, lutou para se recuperar completamente e voltar ao Front da batalha para ajudar seu povo e sua pátria socialista. Alexis Maresseev foi retratado também no celebre romance de Boris Polevoi, “Um homem de verdade”, obra prima da literatura soviética. Alexis Maresseev foi grande defensor da Paz e da importância do trabalho pacífico.
“Eu tenho a honra de pertencer a esta geração de jovens que nasceram na pátria soviética, que cresceram respirando o ar do socialismo e para os quais palavras como, exploração do homem pelo homem, aparecem já como simples lembranças literárias.”