Por André Molinari
Enquanto o Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia declarou um cessar-armas de seu lado para que se tenha espaço para que os infectados pela Covid-19 sejam tratados, reconhecendo a devastação causada pela doença ao povo, grupos paramilitares e milícias de extermínio promovem uma campanha de caça contra líderes socialistas e indígenas. Sequestrando, cercando e fuzilando líderes sindicais, comunitários, comunistas, indígenas e etc.
O país já possui um histórico de guerrilhas extensas e os revolucionários, líderes e guerrilheiros encontram diversos inimigos, não apenas o Estado colombiano, mas as forças imperialistas que patrocinam grupos paramilitares e muitas vezes também grupos de traficantes, que vem a combater as guerrilhas também. Entre 2016 e 2018 o número de líderes sociais assassinados chegou à 337. No período recente quase 1.000 lideranças receberam ameaças de morte.
Ex-membros da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) são alvos comuns também. O governo de Ivan Duque pouco faz se não ser conivente com esta perseguição criminosa e fascista, que instaura um clima terrorista na Colômbia.
Enquanto os comunistas e guerrilheiros se esforçam para manter a vida do povo como prioridade se promove, pelo lado dos fascistas, uma série de ataques e perseguições cruéis e que servem unicamente à classe dos exploradores.
A solidariedade para com os revolucionários e lideranças sociais na Colômbia é uma tarefa urgente e denunciar esses feitos é necessário!
Dentre os assassinados covardemente em 2020 na Colômbia listamos:
Cristian David Caicedo
Gloria Ocampo
Carlos Alonso Quintero
Emilio Campaña
Mireya Hernández Guevara
Óscar Quintero
Anuar Rojas Isaramá
Gentil Hernández
Henry Cuello
Amparo Guegia
Juan Pablo Dicué Guejia
Nelson Enrique Meneses
Jorge Luis Betancourt Ortega
Alexander Quitumbo
Marco Rivadeneira
Ángel Ovidio Quintero
Ivo Humberto Bracamonte
Alexis Vergara
Omar Guasiruma
Ernesto Guasimura
A lista embora surpreendente ainda está incompleta, o número de assassinatos é superior; ativistas, lideranças, sindicalistas, etc. ainda denunciaram a constante ação desses grupos de extermínio que atuam principalmente nas zonas rurais, é apontado um temor de que com a quarentena nacional contra o coronavírus o número possa aumentar rapidamente.