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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Estados Unidos querem bombardear Venezuela

MERCENÁRIOS – Soldados norte americanos foram presos na Venezuela após investigação que comprovou tentativa de golpe de estado. (Foto: Reprodução)

Wanderson Pinheiro

SÃO PAULO – Dando continuidade aos planos imperialistas, o presidente norte-americano Donald Trump coloca em ação um plano contra a Venezuela que envolve navios de guerra da Marinha, aeronaves de vigilância com Sistema Aéreo de Alerta e Controle (AWACS, sigla em inglês) e forças especiais terrestres. Essas tropas se aproximarão da Venezuela e poderão fazer o bloqueio econômico se transformar em um bloqueio militar, físico.

Justificando a possível intervenção, os EUA fazem grande operação midiática, buscando vincular Nicolás Maduro ao narcotráfico e oferecendo US$ 15 milhões para quem der informações sobre ele. Mas é a Colômbia, e não a Venezuela, o país de maior produção e tráfico de drogas da América Latina.

Ao mesmo tempo, os EUA estão tentando armar, financiar e assessorar um bando de mercenários para invadir a Venezuela a partir da fronteira da Colômbia. A denúncia veio a público no dia 26 de março, quando o ex-militar Cliver Acalá se pronunciou publicamente nos meios de comunicação, na cidade de Barranquilla, afirmando que seria o chefe de uma operação militar e que as armas teriam sido compradas por ordem de Juan Guaidó para serem utilizadas em uma operação militar com o objetivo assassinar o presidente Maduro.

Na ocasião, Acalá afirmou que a compra se deu por meio de um contrato assinado por Guaidó – que assinou como chefe de governo autoproclamado –, assessores estadunidenses e Juan José Rendón, assessor do presidente colombiano Iván Duque. Confirma-se, com isso, que essas operações são financiadas pelos EUA, mas com a dívida sendo assumida por Guaidó, que pagaria não só esta dívida, mas também entregaria os campos de petróleo da Venezuela aos EUA.

Agora, os EUA dão a velha cartada do “combate ao narcotráfico”, sendo essa a “ameaça transnacional” usada para promover “guerras preventivas”, que passam por cima da ONU e das leis internacionais. Como fracassaram com a opção de golpe militar e agora querem promover o cerco naval e estrangular econômica e materialmente a nação venezuelana.

O cerco militar naval já está sendo colocado em prática: “O governo dos EUA está perseguindo todos os navios e aviões que trazem alimentos ou remédios para a Venezuela. Não haverá sanções criminais que possam anular nosso espírito e nossa moral”, afirmou o presidente Nicolás Maduro. Na prática, o povo venezuelano vive uma guerra híbrida, que é uma guerra militar, política, irregular, econômica e agora biológica, em grandes proporções.

Porém, o povo venezuelano vem dando inúmeras demonstrações de que não pretende baixar a cabeça ao imperialismo estadunidense e que pretende defender sua soberania e autodeterminação enquanto nação independente. Cremos que cabe somente ao povo trabalhador desta nação definir o seu destino e fazer qualquer mudança no regime econômico ou político do seu país. Temos a obrigação de prestar toda nossa solidariedade, e fazermos no nosso país a luta contra o imperialismo, pautando-nos pelo internacionalismo proletário.

A possibilidade de uma invasão é real neste momento e deverá ser combatida em nível continental por todos os povos, que devem travar uma batalha dura na luta contra o imperialismo. Devemos exigir a paz para o povo venezuelano, mas compreendendo que eles podem ter que reagir a uma agressão desumana e bestial dos EUA.

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