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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Cresce a xenofobia e o racismo na China com a contenção da Covid-19

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Por Ezequias Rosendo

Com a contenção da Covid-19 na China, e o aumento na taxa de infectados em outros países, os estrangeiros que residem em território chinês estão sendo alvos de xenofobia, em especial o povo negro, que vêm sofrendo diversas ondas de racismo diante das medidas de segurança adotadas pela China.

Em Xangai, maior cidade da China, diversos relatos da população mostram que estabelecimentos comerciais proibiram a entrada de estrangeiros, porém, com exceções às pessoas de pele clara, como relatou um membro da comunidade Nigeriana da China, em suas redes sociais, quando ao ir em um restaurante no bairro de Xintiandi, em Xangai, avistou logo na entrada um aviso que proibia a entrada de estrangeiros.

“Mas eu constatei que outros estrangeiros estavam saindo do restaurante. Mas eles não eram negros como eu”.

Dami Aduni, de 27 anos, também nigeriana, residente de Xangai há 4 anos, desabafa em suas redes sociais, sobre o temor da comunidade Africana, em relação a hostilidade que se intensifica na China.

“Cumpri a quarentena, sou imigrante legal mas estou com medo de sair. Minha irmã e eu ficamos juntas em casa e demos uma pausa na nossa vida social para evitar que passemos por algo parecido”.

A hostilidade que se propaga no território Chinês, só demonstra o caráter capitalista que a China vem adotando nas últimas décadas, que, além de expandir a economia, permitindo a abertura de empresas privadas e a instalação de sedes internacionais em território Chinês, consequentemente permite que se intensifique a exploração da classe trabalhadora, e a disseminação de ódio por parte dessas empresas.

Foto de Fred DUFOUR / AFP) / TO GO WITH AFP STORY HEALTH-VIRUS-RACISM.

Como o exemplo da famosa rede MC Donald’s, que em uma das suas sedes na China, especificamente na cidade de Guangzhou, pôs um aviso, o qual dizia que “pessoas negras não estavam autorizadas a entrar no restaurante” devido ao Covid-19. Cidadãos gravaram um vídeo que logo veio a viralizar, gerando uma grande polêmica internacional. Essa tensão racial coloca a China em uma situação diplomática extremamente delicada com alguns países africanos.

Também é importante citar que, muitos cidadãos são vítimas de discriminação racial e xenofobia, pela própria população Chinesa, levando em consideração que essa é vítima da moral burguesa, que é imposta em toda a sociedade capitalista.

Além disso, o fato de que com o aumento das indústrias, devido aos planos de abertura diplomática de Deng Xiaoping, agravou-se a poluição ambiental, consequentemente criando um território fértil para a propagação de novos vírus ou até mesmo o retorno do Covid-19 ao território chinês.

Para solucionar esse grave problema é necessária uma grande mobilização popular que possa impor verdadeiras mudanças no rumo do país e impedir o avanço do capitalismo, da poluição e de toda a discriminação que a sociedade vem sofrendo em território Chinês nas últimas décadas, especialmente os negros e estrangeiros, só o povo salva o povo, é preciso rebelar-se.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Matéria acordada com o imperialismo ianque. Texto muito semelhante aos que estão à serviço da guerra psicológica de Washington contra Pequim, para defender suas posições geopolíticas em declínio. Na verdade o texto não trás nem fontes concretas, se baseia em supostos cidadãos discriminados na China, justamente um país que nunca teve histórico de discriminação racial. Por outro lado, não se pode cair no senso comum quanto ao caráter da economia chinesa. Um jornal que se diz “marxista” tem de ir além, analisar os fenômenos em sua complexidade; isso mais do que nunca se deve aplicar ao gigante asiático, país mais complexo do mundo. Os camaradas do “A Verdade” não podem prestar esse papel de porta voz do partido Democrata dos EUA e muito menos fazer demagogia para os identitarias ongstas pós modernos, financiados pelo império.

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