Redação Brasília.
Hoje, dia 03 de agosto, estudantes organizados com o Movimento Correnteza foram para a frente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) reivindicar a redução das mensalidades nas instituições privadas de ensino superior no Distrito Federal.
A pandemia do coronavírus, somada à política econômica do governo Bolsonaro de atacar os direitos dos trabalhadores para ampliar os lucros dos ricos, aprofundou a crise, ampliou as desigualdades sociais e o sofrimento do povo brasileiro. De fato, segundo o IBGE, apenas até o mês de maio, 7,8 milhões de postos de trabalho foram perdidos em nosso país; as famílias que dependiam de uma renda vinda do trabalho informal tiveram uma grande redução em seus ganhos. Por outro lado, segundo a Oxfam os bilionários brasileiros aumentaram suas riquezas em 34 bilhões de dólares durante a pandemia.
Nas instituições privadas de ensino superior, o que vemos é uma verdadeira mercantilização do ensino. Com o início da pandemia e a impossibilidade de realizar atividades presenciais, as universidades privadas decidiram passar todos os estudantes para a modalidade de Ensino a Distância. Sabemos, porém, que esta modalidade de ensino tem um menor do que a modalidade presencial, pois são necessários menos docentes, não há custos com a manutenção da estrutura física da universidade, etc.
Mas, apesar do cenário de maiores dificuldades financeiras para o conjunto da população, os ricos empresários donos das universidades só tem um pensamento: aumentar seus lucros. Diante disso, demitem milhares de professores, mantém as mensalidades nas alturas ainda que seus custos estejam muito menores.
Em todo o país, campanhas vêm sendo organizadas para reivindicar a redução das mensalidades nas instituições privadas de ensino superior. No Distrito Federal, a CLDF aprovou dois projetos de lei (PL 1079/20 e PL 1080/20) que foram vetados pelo governador Ibaneis Rocha. Por isso, os estudantes decidiram se organizar para pressionar os deputados a votarem pela derrubada do veto. Mas não só isso, reivindicam também a readmissão imediata dos docentes demitidos e a negociação sobre o valor das mensalidades já pagas.
Educação não pode ser mercadoria e não deve ser objeto de lucro!
Movimento Correnteza DF