Um mês de luta por justiça por Gabriel

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MANIFESTAÇÃO POR JUSTIÇA – População de Natal em manifestação contra o assassinato de Gabriel. (Foto: Reprodução/Luisa Medeiros)
Redação Rio Grande do Norte
Jornal A Verdade

NATAL (RN) – Após um mês da morte do jovem Giovanne Gabriel de Souza Gomes, de apenas 18 anos, as autoridades de justiça ainda não apresentaram suspeitos pelo assassinato do jovem. No dia 5 de julho, foi realizado mais um protesto no bairro Guararapes, contanto com centenas de moradores.

Giovanne Gabriel desapareceu no dia 5 de junho, na periferia da grande Natal, onde morava, quando saiu de casa para ir até a casa de sua namorada, Município de Parnamirim. O corpo do jovem foi encontrado somente nove dias depois, em avançado estado de decomposição e com marcas de perfuração de arma de fogo na cabeça na comunidade Pau Brasil, em São José do Mipibu. No local o perito criminal afirmou que o jovem teria sido executado: “Ele foi encontrado com provável lesão causada por perfuração de arma de fogo na região do crânio”, disse.

Após o acontecido, houve uma grande mobilização por parte dos familiares e movimentos sociais, que foram às ruas pedindo justiça por Gabriel seriedade nas investigações e punição dos assassinos. Durante o ato, os pais do jovem afirmaram que “maior que a dor é a revolta. Pedimos justiça para ter uma investigação, independentemente de quem tenha feito ou mandado. Foi uma execução!’’, afirmou Priscila Souza, mãe de Gabriel.

MANIFESTAÇÃO POR JUSTIÇA – Parente de Gabriel intervem na manifestação exigindo justiça. (Foto: Jornal A Verdade)

“Se meu menino fosse uma pessoa má, não teria esse acolhimento da população. Todo mundo está sentindo, chorando a falta dele. Meu filho era um menino de ouro, não fazia mal nem a uma formiga’’, disse Jeová Gomes, pai de Gabriel.

“O caso de Gabriel não é um caso isolado. Trata-se de uma política genocida do Estado capitalista, onde a violência policial e a extermínio da juventude são peças-chave para a manutenção dos interesses econômicos dos grandes ricos e banqueiros do nosso país.” – afirmou a União da Juventude Rebelião.