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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Angela Davis, símbolo do combate ao capitalismo

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ANTIRRACISMO. Angela Davis em protesto contra o racismo nos Estados Unidos, na década de 1960 (Imagem: Reprodução)

Por Camila Reis
Movimento de Mulheres Olga Benário – Mogi das Cruzes

MULHERES – Angela Yonne Davis nasceu em 26 de janeiro de 1944, no Alabama, EUA. Na semana em que comemoramos seu nascimento, revisitamos a vida e a luta deste ícone da luta das mulheres. Militante comunista, filósofa, professora, escritora, ativista social, membro do Partido Comunista dos EUA e ex-presa política, Angela ganhou notoriedade por ter sido integrante do Panteras Negras, partido político norte-americano surgido em defesa da comunidade afro-americana.

Filha de pais considerados de classe média e com certa politização, Angela teve contato com a militância ainda jovem e desde cedo conviveu com humilhações de cunho racial em sua cidade. Foi uma adolescente interessada por leitura, o que a fez ganhar uma bolsa de estudos no Greenwich Village, em Nova Iorque. 

Na década de 1960 firmou sua luta como participante ativa dos movimentos negros e feministas. Logo, formou-se professora, lecionando por 17 anos no Departamento de História da Consciência da Universidade da Califórnia-Santa Cruz.

Sua contribuição acadêmica vai de encontro às teorias comunistas e socialistas, tornando-se referência entre os marxistas. Possui diversos livros publicados no mundo todo, sendo considerada pioneira do Feminismo Negro e Feminismo Marxista. Entre seus principais livros estão Mulheres, Raça e Classe (2016), Mulheres, Cultura e Política (2017), A liberdade é uma luta constante (2018), Estarão As Prisões Obsoletas? (2018) e Angela Davis: Uma autobiografia (2019).

Na década de 1970, Angela Davis foi acusada de conspiração, sequestro e homicídio, passando a ser a terceira mulher a integrar a lista dos 10 fugitivos mais procurados do FBI.

Nos anos 1980 e 1984 candidatou-se à vice-presidência dos EUA na chapa de Gus Hall, dirigente do Partido Comunista Americano.

Atualmente, segue como ativista política, publicando livros, principalmente sobre as condições carcerárias no seu país. É considerada um dos maiores nomes quando o tema é abolicionismo penal – linha de pensamento que defende a extinção dos sistemas criminal e carcerário. Os defensores desta teoria consideram esses sistemas ineficientes, discriminatórios e violentos. 

Como ela mesma diria, “a liberdade é uma luta constante”.

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