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sábado, 16 de novembro de 2024

Estudantes revitalizam memorial em homenagem às vitimas da Ditadura na USP

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MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA – estudantes do Movimento Correnteza revitalizam memorial e relembram vítimas do regime militar (Foto: A Verdade)

Julio Cesar P. de Almeida

SÃO PAULO – Em 2011 o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo idealizou um memorial com nomes de algumas das vítimas da Ditadura Militar, homenageando assim os 41 alunos e ex-alunos e os 5 docentes da USP perseguidos e assassinados pelo regime entre 1970 e 1975. Localizado na Praça do Relógio, dentro da Cidade Universitária, na capital do Estado de São Paulo,a homenagem conta com pouco apoio da reitoria e foi deixada de lado pela comunidade acadêmica por muito tempo, sendo que muitos estudantes nem sequer sabem que ali existe um memorial de tamanha importância para a história da Universidade.

A falta de valorização do memorial fica ainda mais evidente quando temos à frente do Governo Federal um apoiador do regime militar e casos e mais casos de censura a acadêmicos e intervenções em Universidades do país. Nesse contexto, dentro da USP, alguns professores e diretores tentam, de forma antidemocrática, aprovar medidas contra os estudantes pobres e de exaltação do período militar, como ocorreu com a tentativa de homenagem à Delfim Netto realizada pelo Departamento de Economia da Faculdade de Economia e Administração (FEA) no mês de março.

Para relembrar a importância da luta por memória, verdade e justiça e chamar atenção para a importante história de luta e resistência dos estudantes da USP contra a Ditadura, estudantes membros do Movimento Correnteza realizaram a revitalização do Memorial, com a colagem de fotos do estudantes ali homenageados. A revitalização do memorial deixa um recado para a reitoria da USP: não vamos aceitar nenhum tipo de alinhamento com fascistas como Jair Bolsonaro, muito menos vamos ignorar o descaso proposital com nossa história. Lutar por memória, verdade e justiça é essencial para que fique claro para a grande burguesia que nunca aceitaremos seu regime ditatorial em nosso país e que vamos estaremos nas ruas, nas universidades, nos postos de trabalho e em todos os espaços em que o povo estiver para lutarmos por uma sociedade justa e sem opressão.

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