Correnteza IFSP
SÃO PAULO – O último sábado, 24 de julho, foi mais um dia de manifestações nacionais e internacionais pelo Fora Bolsonaro e sua tropa do genocídio. De Norte a Sul do país, estudantes se organizaram para ir às ruas e levantar bandeiras em defesa da educação, da ciência, da saúde e pelo direito de viver do povo brasileiro.
Os estudantes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) também se organizaram para somar nas mobilizações, com militantes do movimento Correnteza de 3 regiões do estado não medindo esforços para garantir a participação dos estudantes de seus campi na luta. Mesmo não havendo atos em algumas cidades do interior, foram organizadas duas caravanas que levaram mais de 50 pessoas das regiões de Barretos e Boituva para o ato da capital, que contou com mais de 100 mil pessoas e fechou pela quarta vez neste ano a Av. Paulista.
Na concentração, os estudantes organizaram, em parceria com a Ocupação dos Imigrantes Jean Jacques Dessalines, do MLB, um café da manhã reforçado, que garantiu a energia para plenária de preparação para o ato. A plenária contou com o apoio da edição de julho do jornal A Verdade, que deu suporte ao debate de conjuntura e os próximos passos na luta dos estudantes. Durante a discussão, as falas foram marcadas pela importância de fortalecer estadualmente a organização dos estudantes do IFSP, que se espalham por 37 campus no estado, e de unir a luta em defesa da permanência dos estudantes com a luta contra esse governo da morte de Jair Bolsonaro.
Segundo Julio Ronchi, militante do correnteza e estudante de química no IF de Barretos: “O espaço foi marcante e emocionante para todos e todas presentes, que sentem na pele as consequências dos cortes e atrasos nas bolsas e auxílios de permanência estudantil”. Outras falas apresentaram inúmeras experiências de luta que marcaram vários estudantes e, ao fim de cada fala, uma palavra de ordem era entoada, garantindo o clima e animação para construir o ato com toda força que a juventude do IFSP já provou que possui.
Durante o ato, Sabrina Ferreira, estudante de Pedagogia e militante do Correnteza afirmou: “somente o movimento estudantil consequente é capaz de organizar a revolta que responde aos ataques de Bolsonaro, o movimento Correnteza se dedica a fortalecer a luta no cotidiano para construir uma política que agite e organize os estudantes nesse sentido”.
O dia 24 de julho deu inúmeras demonstrações do quanto vem avançando a luta pelo fim do governo Bolsonaro, estudantes dão passos cada vez maiores com sua organização, entidades estudantis se renovam e se fortalecem nesse processo de lutas, e assim as demandas e direitos da juventude estudantil são levados para ser conquistados na rua. O acúmulo da política estudantil e o avanço dessa organização vão construir um agosto rebelde, capaz de incendiar as universidades e a quebrada em luta, essa é a tarefa imediata à ser construída no IFSP e em demais universidades onde o Correnteza atua. Dia 11 de agosto marca o dia do estudante e já está no horizonte ser mais um dia nacional em que a juventude ocupará as ruas. Será agora respondido se nós, estudantes, sabemos ir às ruas, potencializar nossa luta por direitos e cumprir nossa missão de desgastar governos anti povo!