Wesley Gomes e Leonardo Carvalho
No último dia 15, militantes da Unidade Popular na região metropolitana de Campinas, com participação da presidenta estadual Vivian Mendes, se reuniram em plenária no sindicato da construção civil (SINTICOM) para discutir a situação atual do país, as lutas do povo pelo fora Bolsonaro e as novas tarefas de organização para o avanço do partido na região. A plenária se iniciou com uma solenidade, relembrando a história da construção popular da UP através da coleta de assinaturas e apresentação da linha política, foram levantados e debatidos aspectos fundamentais como a participação dos movimentos sociais, por exemplo o Movimento de mulheres Olga Benário, Movimento de Luta nos Bairros (MLB), Movimento Luta de Classes (MLC), União da Juventude Rebelião (UJR), Correnteza entre outros.
Partindo desta visão histórica da formação do nosso partido, abordada inicialmente pela convidada Vivian Mendes e debatida por camaradas da região, foi relembrado a análise da militância já naquele período das jornadas de 2013, após a crise econômica de 2008, o avanço do fascismo e a urgente tarefa de que cada militante dos movimentos sociais se mobilizasse para a construção e legalização de um novo partido de esquerda, popular e socialista, dando início a um longo processo de coleta das assinaturas exigidas pelo sistema eleitoral que foi realizada com muita luta e convicção por cada militante, convencendo 1 milhão e 200 mil trabalhadores dessa necessidade.
Após essa memória, vimos como hoje a Unidade Popular assume papel fundamental pela queda do governo Bolsonaro, figura chave que representa o projeto neoliberal e fascista no Brasil. Reconheceu-se o sucesso das grandes mobilizações populares iniciadas no dia 29 de maio deste ano através da frente Povo na Rua, fora Bolsonaro. Que evidenciaram a revolta popular e contaram com milhões de manifestantes em todas as datas e em centenas de cidades.
Para avançar nas mobilizações contra o governo fascista, reafirmamos o dever de estar ao lado das trabalhadoras e trabalhadores de diversos setores, realizando debates sobre a importância da greve geral para avançar nas mobilizações e combater os retrocessos colocados pelo governo como o sucateamento e privatização dos serviços públicos, o abandono da saúde em meio a uma pandemia, o alto preço de produtos e alimentos básicos seguidos de diversos casos de corrupção em benefícios próprios de Bolsonaro e sua família, visto por exemplo pelo superfaturamento das vacinas, a compra de mansão do filho Eduardo Bolsonaro e o aumento do próprio salário do presidente em 69% enquanto a fome e miséria de grande parte da população cresce em ritmo alarmante.
Para atingir esses objetivos a militância da região se reorganiza, procurando adquirir a adesão popular da região, conquistando novos quadros e mentes com o sentimento de que a interrupção da produção protagonizada por trabalhadores de amplos setores da indústria e dos serviços seja um golpe fatal que irá tornar o governo Bolsonaro insustentável apresentando uma nova alternativa popular e Socialista. Sendo assim foi aprovada a necessidade de continuar o apoio à greve dos trabalhadores da MRV que lutam contra os cortes de seus salários e o não repasse do PLR pela empresa e participar ativamente na cidade de Campinas do ato nacional no dia 18 de Agosto em apoio a greve dos servidores públicos.
Foram formados 5 novos núcleos em cada parte da região metropolitana de Campinas, nos bairros e cidades próximas em que a atual militância está presente. Para além das localidades a plenária também deu início a um núcleo de professores, sendo um elemento fundamental para a construção de formações populares na região e também no sentido de apresentar uma alternativa de organização combativa e popular para mais profissionais dessa área tão desvalorizada e que exige lutas mais intensas.
Os núcleos de base são os organismos mais importantes e que garantem a atividade constante do partido, seja nas reuniões que possibilitam a formação e convivência orgânica de nossos camaradas, assim como nas atividades práticas que liguem nosso partido ao povo pobre e trabalhador de cada bairro ou local trabalho. Assim a Unidade Popular se constrói todos os dias como uma verdadeira ferramenta da democracia popular, erguendo os pilares do Socialismo em nosso país.