Carta: “Somos incansáveis!”

61
Militantes vendem 550 jornais durante ato do 7 de setembro em São Paulo. Foto: Jornal A Verdade

Hendryll Luiz


Um partido com trabalho na base, de certo, é um partido com muitas histórias. Diversas vezes após uma brigada do jornal, panfletagem, plenárias ou outras atividades, acumulamos momentos maravilhosos com os trabalhadores. Lembro de diversas histórias onde reacionários se levantaram durante a fala das companheiras nos trens do ABC Paulista e os trabalhadores prontamente davam respostas a altura, silenciando-os e provando que o povo não é fascista. Ou dos guardas nos enquadrarem e, antes de apreender os jornais, o povo comprava todos os jornais. Certa vez um trabalhador contribuiu com 100 reais, e apesar de ser bastante, quantas contribuições e palavras de incentivo não recebemos diariamente? 

Quantos dos nossos camaradas não foram achados nessas atividades? Quantas pessoas se encontram na nossa política e passam a ter perspectiva de um futuro justo, de trabalho e pão? E todas essas coisas aconteceram após a iniciativa coletiva de fazer a atividade, dos camaradas tomarem para si a tarefa e não se deixarem intimidar pela conjuntura, nem pela vergonha, nem pelo cansaço de abordar centenas de trabalhadores. 

É necessário agir. Ser enérgico, contagiante, incansável, bom ouvinte. Temos que tomar posição: se o povo conversa sobre a carestia, devemos intervir e dialogar, apresentar nosso panfleto e nosso partido. Não devemos nunca agir com indiferença, pois somos comunistas! 

Muito me motiva ver os companheiros implacáveis durante a tarefa, como quem olha para horário de pico de um terminal e age na intenção de não deixar passar nenhum trabalhador para casa sem ouvir as ideias da libertação, do socialismo. Tenho orgulho do nosso trabalho, nossos soldados não se rendem e certamente faremos a revolução!