Protesto contra os cortes das bolsas é reprimido em Recife

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Foto: UJR-PE – Ato em frente a UFPE contra os cortes das bolsas de estudo.

União dos Estudantes de Pernambuco – UEP

No ultimo dia 26 de outubro, por volta das 17h, foi realizado um protesto em Recife, na capital de Pernambuco, dos estudantes contra os cortes das bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), Residência Pedagógica e a Ciência. O ato foi reprimido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que ocorria pacificamente em frente a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na BR 101.

Quando o ato estava no fim, dois policiais desceram de uma viatura e de forma injustificável borrifaram spray de pimenta no rosto dos estudantes, atingindo alguns militantes da União da Juventude Rebelião (UJR), com uma clara intenção de dispersar o ato. Entretanto os estudantes na sua maioria bolsista, não se deixaram abalar, e entoando palavras de ordem mantiveram a unidade do ato e aproveitaram a oportunidade para denunciar a politica de Bolsonaro na educação e a ligação do governo com militares torturadores e milicianos, a exemplo desta atitude desnecessária e autoritária dos policiais.

Graças a força dos estudantes mobilizados, o ato foi concluído com sucesso e o recado foi dado: os estudantes não aceitarão cortes e nem serão intimidados por arroubos autoritários de quem quer que seja!

Cabe lembrar que recentemente ocorreu outro caso de abuso da policia em Recife de repercussão nacional, este não é o primeiro protesto a ser reprimido por policiais de forma absurda. Ainda neste ano, a polícia militar(PM) do estado de Pernambuco, que tem como superior o governador Paulo Câmara (PSB) e a governadora Luciana Santos (PCdoB), reprimiu violentamente os protestos ocorridos no dia 29 de Maio, no primeiro ato nacional pelo Fora Bolsonaro. A ação da polícia deixou dois trabalhadores cegos e feriu dezenas de manifestantes. Apesar disso, o caso segue sem que seus culpados tenham sido devidamente responsabilizados.

O autoritarismo cresce no país e com ele a repressão aos movimentos sociais e aos protestos contra a política anti-povo do governo Bolsonaro, da burguesia brasileira e dos militares. Mas não nos deixaremos intimidar! Seguiremos lutando por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e pelo Poder Popular!