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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Estudantes da UEMS estão sem receber bolsas do PIBID e Residência Pedagógica

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Estudantes organizam frente de luta contra os cortes nas bolsas estudantis

David Bispo dos Santos Barbosa


No dia 07 de outubro a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior) produziu uma nota em seu site oficial informando que o pagamento das bolsas Pibid e Residência Pedagógica estava suspenso até a aprovação da PLN 17. Ainda não há previsão de liberação do dinheiro. Os programas RP e PIBID são voltados para os cursos de licenciaturas. Nos programas os estudantes da graduação vivenciam o cotidiano escolar. As bolsas do RP e PIBID são de R$400,00 e são a única renda de muitos estudantes das licenciaturas das universidades brasileiras. O atraso do pagamento está afetando drasticamente a vida dos estudantes. A ciência e educação estão sendo sucateadas no atual governo com retirada de recursos nessas respectivas áreas.

Os estudantes estão se organizando para paralisar as atividades do PIBID e RP e retornar às atividades somente após os pagamentos serem realizados. No dia 20 ocorreu uma plenária para debater a questão do corte das bolsas, na reunião um manifesto foi escrito coletivamente criticando o sucateamento da educação e ciência brasileira. A situação econômica no Brasil se encontra péssima para grande parte da população brasileira, os estudantes filhos dos trabalhadores estão em uma situação cada vez mais precária, muitos estudantes estão desistindo da universidade por não terem condições financeiras de se manter.

As universidades estaduais interiorizam o ensino superior oferecendo o ensino público de qualidade nas cidades pequenas do interior do Brasil. Durante o ano de 2020 e o primeiro semestre de 2021 as universidades brasileiras estavam sem aulas para evitar a contaminação pela Covid-19. Sem aulas as universidades economizaram dinheiro. Onde está o dinheiro economizado durante a pandemia para pagar as bolsas de PIBID e RP?

Uma frente ampla para defender as licenciaturas da UEMS foi criada durante a plenária. A comissão será composta por estudantes e professores que irão lutar por justiça nos programas de formação e pelo fortalecimento da educação. O Governo Federal, na figura de Jair Bolsonaro declarou guerra aos professores e estudantes de licenciaturas desde que tomou posse em 2019. Claramente os ataques à educação realizados pelos que ocupam os mais altos cargos da república é por saberem que por meio da educação os oprimidos se enxergam na sua condição, exigem e lutam por mudanças. O que a classe dominante quer é um país à beira da miséria e sem educação pública de qualidade para que a juventude não possa se desenvolver e questionar as bases estruturais do sistema capitalista.

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