A União da Juventude Rebelião (UJR) e o Jornal A Verdade promoveram um cine debate do filme Marighella na cidade de Cabo Frio na última sexta-feira (10). A atividade tinha como objetivo de mostrar a história de perseguição, tortura e encarceramento arbitrário do exército e da polícia do Estado Brasileiro durante a ditadura militar fascista no Brasil.
Redação Região dos Lagos (RJ)
CULTURA POPULAR – Nesta sexta-feira (10), a UJR realizou um cine debate do filme “Marighella” em Cabo Frio. A atividade tinha como objetivo de mostrar a história de perseguição, tortura e encarceramento arbitrário do exército e da polícia durante a ditadura militar fascista no Brasil.
Os visitantes puderam falar sobre suas percepções sobre o filme. Várias pessoas fizeram análises sobre o caráter das lutas lideradas por Carlos Marighella e como foi um brasileiro admirável e injustiçado na época da ditadura.
Foi lembrado também que os responsáveis pelos genocídios e torturas da ditadura em sua esmagadora maioria não foram responsabilizados. Também, não foram punidos pelos seus atos. Isso permitiu que os militares voltassem ao poder pelas vias eleitorais em 2019.
De acordo com uma denúncia publicada no The Intercept, em 2020 o exército brasileiro realizou um treinamento militar que colocava como alvos movimentos sociais de operários e de luta por terras. O caráter reacionário e contra o povo por parte do exército brasileiro é explícito.
Cinema a serviço do povo
Vimos recentemente a intervenção militar no Rio de Janeiro ordenada por Michel Temer, o golpista que ajudou a tirar a presidenta Dilma do poder, e como o povo pobre das favelas sofreu com o terror promovido pelos soldados. Por isso é necessário cada vez mais realizar atividades culturais que incentivam denúncias políticas.
A cultura popular é sempre útil para levantar discussões inerentes à situação do povo trabalhador. Inclusive foi por essa razão que o Estado mais uma vez mostrou seu autoritarismo boicotando a exibição deste filme no Brasil. Mesmo tendo sido lançado mundialmente em 2019, no Brasil sua distribuição só começou em 2021.
Não podemos nos calar e permitir que a história seja recontada de forma mentirosa mais uma vez para agradar aqueles que foram responsáveis por tantos crimes contra a humanidade. Os debates a partir da arte e da cultura popular em geral são meios importantíssimos de divulgar as lutas populares e trazer novos militantes para somar nas fileiras da revolução. O próximo filme será realizado na praça do bairro Manoel Corrêa, em Cabo Frio, no dia 18/12.