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terça-feira, 23 de abril de 2024

Movimento de Mulheres Olga Benário realiza plenária em Florianópolis/SC

 

Movimento de Mulheres Olga Benário realiza plenária em Florianópolis/SC
Movimento de Mulheres Olga Benário realiza plenária em Florianópolis/SC

 

Por Áurea Fonseca Alves e Juliana Mendonça Vieira
Movimento de Mulheres Olga Benário Santa Catarina

Na última sexta-feira, dia 14/01/2022, o Movimento de Mulheres Olga Benário realizou em Santa Catarina uma importante plenária organizativa. A plenária aconteceu na Pista de Skate ao pé do Morro da Costeira, em Florianópolis/SC, e contou com a presença de 11 mulheres prontas para construir luta na capital catarinense. Foi discutido no evento a situação das mulheres do estado, que possui atualmente um dos maiores índices de violência contra a mulher do Brasil, tendo registrado 106 casos de feminicídio entre 2020 e 2021¹.

Além disso, o Movimento Olga Benário realizou a denúncia da falta de políticas para proteger a vida das mulheres em situação de violência. De acordo com o Observatório da Violência Contra a Mulher, desde o início da pandemia 33.689 mulheres pediram a medida protetiva, mas uma porcentagem minúscula teve acesso a qualquer ação que pudesse de fato afastá-las de seus agressores.

Isso porque ao Estado Burguês não interessa a ampliação e melhoramento de políticas que de fato salvem a vida das mulheres, como são as Casas Abrigos e as Casas de Referência da Mulher. Desse modo, na plenária foi deliberado a necessidade urgente de transformar essa realidade construindo uma Casa de Referência para atender e salvar a vida das mulheres de nossa cidade.

Também foi levantado outro problema histórico enfrentado pelas mulheres da Grande Florianópolis e do Brasil como um todo: a falta de vagas para as crianças nas creches. Estima-se que mais de 3 milhões de crianças, de 0 a 3 anos de idade, não estejam matriculadas no ensino regular no Brasil, crianças essas que em sua maioria são de baixa renda. A responsabilidade do cuidado cai exclusivamente sob a mulher que, sem o amparo público, é obrigada a largar seu trabalho para ficar em casa com as crianças.

Quando essas mulheres conseguem vagas, muitas vezes a creche se encontra longe do seu local de moradia e trabalho, dificultando a conciliação entre trabalhar e levar a criança para o espaço escolar. O direito ao acesso à creche também é negado a muitas famílias que têm suas casas em terrenos de ocupação, a falta de regulamentação impede que cadastrem seus filhos em uma creche.

Nesse sentido, foi decidido na plenária que a luta por acesso a uma creche de qualidade e de tempo integral nas periferias é fundamental e não pode ser desvinculada da luta pela massificação da vacinação infantil. Com isso, é necessário fazer campanhas e construir cada vez mais as lutas por toda a cidade, organizando as mães através da luta pela creche.

A militância saiu da plenária com a clareza da importância e urgência de nossas lutas, renovando as energias e o ânimo revolucionário para as importantes lutas que estão por vir neste novo ano.

¹Observatório da Violência Contra a Mulher

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