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sábado, 2 de novembro de 2024

Transporte público de Campinas amanhece paralisado após assassinato de líder sindical

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Redação SP

CAMPINAS (SP) – Na manhã desta quinta (27) os motoristas de ônibus da cidade de Campinas e região paralisaram suas atividades em protesto e luto pelo assassinato de Nilton Aparecida de Maria, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Campinas e região. A repressão ocorreu na quarta (26) onde Nilton foi executado com um tiro na nuca em frente a casa que morava com sua esposa e dois filhos, sendo que nenhum pertence da vítima foi levado.

No dia anterior, Nilton esteve presente em reunião com a empresa Terra, em Paulínia, após uma paralisação dos trabalhadores que se iniciou na terça (25) reivindicando pagamento do FGTS e férias que não estavam sendo garantidos aos trabalhadores. Após a reunião, a categoria decidiu pelo fim da paralisação com a promessa da empresa acertar o débito com os trabalhadores até sexta (28) às 14h. Nos últimos meses ouve pelo menos mais 3 greves que protestavam também contra as demissões dos cobradores na cidade.

A empresa foi contratada pela prefeitura de Paulínia no início da pandemia e também está sendo investigada pelo Ministério Público (MP), com inquérito instaurado pela promotora de justiça Verônica da Silva Oliveira, por receber subsídios indevidos da prefeitura mesmo havendo baixa operação das linhas por conta da pandemia. A estimativa apresentada ao MP é que a empresa tenha recebido 11,4 milhões de reais do orçamento público somente entre Fevereiro e Outubro de 2020.

A indiferença dos grandes monopólios do transporte ditos “públicos” tanto com os trabalhadores quanto com os usuários do serviço é uma realidade em todo o país, no entanto o limite da repressão com o assassinato do líder da categoria Nilton levou os motoristas em grande maioria a protestar contra sua morte fechando os principais terminais da cidade de Campinas e região com sentimento de muita revolta. Após o funeral de Nilton, os trabalhadores retornaram com o transporte em Campinas, por volta do início da tarde, mas com o recado dado: os trabalhadores estão unidos e não aceitarão que os grandes capitalistas calem os nossos.

O assassinato de Milton Aparecido de Maria expõe que a burguesia brasileira ainda não se desvinculou de métodos antidemocráticos e sanguinários contra o nosso povo. Pelo contrário, repetem as mesmas atitudes que outrora eram utilizadas na ditadura militar fascista de 1964.  O Jornal A Verdade, assim como a Unidade Popular e todos seus movimentos presta todo apoio à família da vítima e à luta dos motoristas da região. Não aceitaremos nenhum tipo de perseguição, assassinato e coação aos trabalhadores rodoviários e aqueles comprometidos com a luta pelos direitos do nosso povo.

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1 COMENTÁRIO

  1. O sindicato é uma instância representativa indispensável na defesa da preservação de direitos dos trabalhadores. Esperamos que não vigore mais 1 impunidade.

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