UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Carta: A luta de uma mãe solo

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MUITAS JORNADAS – Mães solo enfrentam jornadas duplas ou triplas para sustentar seus filhos (Foto: reprodução/ A Verdade).

Anita Sousa
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SÃO PAULO –

Meu nome é Anita e tenho 19 anos, sou mãe solo e moro na ocupação Manoel Aleixo. Como muitas mulheres, sou mãe solo e tenho que fazer papel de pai e mãe – trabalhando em casa e na rua para que conquistar o sustento da casa.

A creche é muito importante para uma mãe, afinal, se não tivermos onde colocar nossas crianças, como nós vamos conseguir trabalhar? Nós mães sofremos ao não conseguir trabalhar e colocar o sustento na mesa, ao não conseguir dar o básico para nossas crianças.

É muito difícil ir no mercado com nossos filhos, vê-los pedindo uma coisa e não podermos dar nem o básico dos básico.

Por culpa do governo as coisas aumentam cada vez mais, o custo de vida está muito caro e ele dá uma merreca de bolsa família achando que com isso nós conseguimos viver. Mas o que a gente consegue fazer com R$400,00? Tendo comida, tendo gás, tendo aluguel, tendo conta de água e luz paras pagar?

Com R$400,00 nós não conseguimos nem pagar o aluguel. Eu mesma só não estou na rua por causa do MLB, que acolheu a mim e à minha filha. Não sou a única. Existem milhares de mães que sofrem com isso e não podemos admitir essa situação, pois somos a maioria.

Como somos mães solo, nós deveríamos nos juntar para conseguir construir e conquistar a creche popular. Será por meio dos movimentos que, nós mulheres, vamos ser emancipadas e poderemos viver uma vida plena no socialismo.

É por isso que temos o movimento Olga Benario – que luta pelas mulheres. Esse mês, a gente mobilizou as mães para ir na Câmara de Vereadores de Mauá exigir a creche para nossas crianças, porque o governo Bolsonaro não está nem aí para nós mães e, se depender desse governo, nós morreremos de fome, sem creche e sem trabalho.

Com muita luta conquistamos a Ocupação Helenira Preta 2 que vai servir de creche para as crianças do Jardim Primavera. Cadastramos quarenta crianças e levamos o cadastro para a Câmara e eles não deram nenhuma alternativa.

Por isso, precisamos nos organizar. Juntas somos mais fortes!

 

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