Alunos e professores da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (FITO) organizaram um ato na frente da prefeitura de Osasco para reivindicar direitos a dezenas de professores da instituição.
Ayla Merli | Estudante
OSASCO – A situação na FITO é problemática: professores com mais de 20 anos lecionando na instituição foram demitidos com risco de não receber os direitos devidos; poucos funcionários sobrecarregados com uma quantidade desumana de trabalho; estudantes sem amparo e sem incentivo para estudar; infraestrutura precária.
Essas são apenas algumas das pautas de luta da juventude organizada, que se uniu para reivindicá-las ao prefeito de Osasco Rogério Lins, que nessa semana declarou apoio a Tarcísio e Bolsonaro. O prefeito, mestre do marketing, usa a FITO como propaganda eleitoral, se gabando da instituição, enquanto não atende os interesses imediatos dos estudantes, professores e funcionários, mas nem se dispõe a conversar com os alunos quando estes o chamaram na frente da Prefeitura nesta quarta-feira.
Na Carta escrita pelos estudantes, foram feitas muitas denúncias: falta de funcionários, falta de materiais necessários para as aulas, ausência de transparência entre professores e a direção, falta de acessibilidade nos interiores do colégio, sucateamento depois da pandemia, nenhum enfrentamento a casos de racismo, LGBTQIA+fobia e de machismo, e desrespeito, entre outras. O processo de privatização acelerou todos esses problemas estruturais, uma vez que a educação não é vista como a finalidade da escola, mas sim o lucro e a especulação.
A FITO enfrenta há anos o processo de privatização, que fez com que a prefeitura passasse a tratar a instituição apenas sob aspecto financeiro, precarizando ainda mais o estado do instituto.
Graças à mobilização dos estudantes e professores, um pedido foi encaminhado para o Ministério Público do Trabalho. Nos próximos dias os professores deverão ir atrás para receber seus direitos e a Carta Aberta dos Estudantes será enviada para o prefeito, mas se ele irá ler e reconhecer as demandas da juventude, apenas o tempo dirá.
A organização dos secundaristas continua firme, crescendo cada vez mais, e sem dúvida este foi o primeiro ato de muitos que virão mobilizados pela juventude organizada da FITO!