Trabalhadores automotivos dos EUA iniciaram, no dia 15 de setembro, a maior greve do setor das últimas décadas. A greve aconteceu nas três principais montadoras do país (Ford, GM e Stellantis). Nos últimos dias de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores Automotivos (UAW, na sigla em inglês) chegou a acordos com a Ford e a Stellantis (fabricante da Jeep). A tem 20 mil funcionários nas fábricas de Chicago, Michigan e Kentucky. Já a Stellantis possui 14 mil funcionários em Michigan e Ohio.
Entre as conquistas está o aumento salarial de 25%, em quatro anos. De imediato, o aumento será de 11%, fazendo com que o salário máximo passe de U$ 32,00 por hora para U$ 40,00 e o salário inicial será de U$ 28,00 por hora. Em rodadas anteriores de negociação, a empresa já havia concordado em pagar subsídio de custo de vida, com a conversão de contratações temporárias em tempo integral e com a redução do tempo necessário para que os trabalhadores cheguem ao nível salarial mais alto. Se considerarmos as cláusulas sociais, o aumento salarial será de cerca de 33%, uma conquista histórica arrancada pela classe operária contra os patrões.
Já são sete semanas de luta e participam dos piquetes e paralisações mais de 55 mil trabalhadores, divididos em oito fábricas de montagem e 38 instalações de distribuição de peças, em mais de 20 estados. Mesmo se o acordo for fechado com a Ford a greve continuará para pressionar as outras montadoras.