Redação-PE
No ultimo dia 14 de fevereiro, os profissionais da enfermagem voltam às ruas de Pernambuco para exigir a implementação do piso salarial nacional da categoria. A mobilização fez parte do calendário nacional, aprovado pelo Fórum Nacional das Entidades de Enfermagem para pressionar o governo federal a aprovar a Medida Provisória para regulamentar o repasse aos estados e municípios.
A lei do piso salarial da enfermagem foi aprovada no ano passado, mas suspensa em seguida pelo Supremo Tribunal Federal por não contemplar a fonte dos recursos para o custeio dos recursos. No final de dezembro, foi aprovada uma Emenda Constitucional que cria um fundo de financiamento para destinar os recursos para os estados e municípios. Porém, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso exigiu que fosse aprovada uma lei que regulamente essa emenda constitucional para que a liminar que suspende os efeitos da Lei do piso seja derrubada.
Greve na categoria anunciada
Devido à falta de prazo para edição da Medida Provisória pelo governo federal, que regulamente a emenda constitucional, que agilizaria o pagamento do piso salarial, as entidades da enfermagem aprovaram uma agenda de lutas, que se iniciou com uma mobilização nacional no dia 14 de fevereiro. Várias manifestações ocorreram nos estados e no Distrito Federal, com milhares de profissionais da enfermagem ocupando as ruas.
Em Pernambuco, foram realizados atos do litoral ao sertão, com destaque para os atos em em Recife, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Palmares, Serra Talhada, Brejo da Madre de Deus e Petrolina. Os atos foram organizados pelo Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (SEEPE) em parceira com o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (SATENPE), Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (SINDUPE), Movimento Luta de Classes (MLC), além de outros sindicatos municipais.
Ao todo, mais de 5 mil profissionais foram às ruas em todo o estado, paralisando suas atividades durante o dia. Também foi realizada uma assembleia conjunta simultânea em todo o estado, onde foi aprovada uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 10 de março, caso o piso da enfermagem não seja implementado.