Jorge Ferreira | São Paulo (SP)
Entre os dias 01 e 05 de fevereiro, a Escola Nacional Manoel Lisboa de Formação Marxista-Leninista do PCR promoveu seu terceiro ciclo nacional de formação. Ao todo, participaram 74 alunos, de 20 estados, em duas turmas regionais. Durante os cinco dias, foram abordadas as principais matérias para a assimilação do socialismo científico: o método dialético, a concepção materialista da História e a economia política marxista.
Foram estudados textos de Marx, Engels, Lênin, Stálin e do economista soviético P. Nikitin. A Escola do Partido é direcionada aos quadros de direção do PCR, ou seja, aos camaradas que já possuem um conhecimento da teoria marxista-leninista e que desenvolvem tarefas de direção em algum nível.
A formação ficou marcada pelo esforço de todos em compreender os assuntos abordados e ajudar os demais camaradas a superarem suas dúvidas, além do próprio método pedagógico utilizado pelos instrutores da Escola, baseado numa constante troca entre alunos e professores e numa profunda interação entre todos os envolvidos. “A parte pedagógica, os professores, a dinâmica dos grupos, gostei bastante da forma como foram passadas as matérias e como foi pensada cada etapa para ir obtendo um conhecimento prévio que ajudasse no próximo”, disse a companheira Jalícia Muricy, da Bahia.
Para Jardel Wandson, militante do movimento sindical na Paraíba, o curso ajudou no esforço de “consolidar alguns elementos para o processo de crescimento da organização e das lutas no processo revolucionário no país. Isso também revela um acúmulo técnico e político do Partido, porque pensar um curso de cinco dias, com todas as condições para que a gente pudesse absorver da melhor forma, só foi possível pelo acúmulo de experiência da nossa organização, daqueles que vieram antes”.
A proposta da Escola Nacional Manoel Lisboa é estabelecer uma sólida unidade entre a teoria e a prática. Todos os conhecimentos, conceitos, noções e princípios apresentados nas aulas devem estar em estreita ligação com a prática política cotidiana do Partido.
“Acho que a principal questão é que a gente teve a oportunidade de se aprofundar, estudar, compreender a teoria, principalmente para conseguir pegar o que estamos aprendendo e melhorar nossa prática militante, aplicar a teoria nas lutas cotidianas, desenvolver nosso Partido e fazer o que disse Marx, ou seja, não só compreender, mas transformar o mundo”, avalia Kaio Sad, do Distrito Federal.
Para Lorrayne Antonielle, de Minas Gerais, “o mais importante foi o aprofundamento na ideologia marxista-leninista, porque a gente vive na prática, no dia a dia, no movimento de massa o ano todo, e separar esse tempo com qualidade, afastado, sem celular, é fundamental para nos fortalecer ideologicamente”.
Com a realização do terceiro ciclo nacional de formação, a Escola do PCR já formou mais de duas centenas de militantes desde 2017. Para os próximos meses, será promovido nos estados um cronograma único de formação política para o conjunto da militância do Partido, baseado em obras clássicas do marxismo-leninismo e com o objetivo de uniformizar a formação político-ideológica para seguir avançando na construção de uma organização revolucionária que revolucione o Brasil e o mundo.